Regiões 1 e 2 de Goiás encerram semeadura do algodão dia 10

Medida busca diminuir prejuízos causados pelo bicudo-do-algodoeiro

06.02.2025 | 17:07 (UTC -3)
Anna Letícia Azevedo

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) informa que termina na próxima segunda-feira (10/02) o prazo para a semeadura de algodão em 103 municípios goianos, localizados nas regiões 1 e 2 estabelecidas na Instrução Normativa Estadual nº 04/2019. A determinação faz parte das medidas fitossanitárias estabelecidas pelo Governo de Goiás para a prevenção e o controle do bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis), principal praga que afeta a cultura no Estado.

“O calendário de semeadura busca fazer com que as plantas produzam os botões florais na época em que temos menor incidência da praga no campo, neste caso, o bicudo-do-algodoeiro. É a chamada assincronia fenológica”, explica a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio. “E para termos esse controle, dividimos o Estado em quatro regiões, considerando as épocas em que há maior suscetibilidade da presença do inseto”, complementa.

Os municípios cujo prazo se encerra no dia 10 são das regiões 1 e 2 do Estado. A região 1 compreende os municípios de:

Abadia de Goiás, Acreúna, Água Limpa, Aloândia, Anhanguera, Aparecida de Goiânia, Aragoiânia, Aurilândia, Avelinópolis, Bela Vista de Goiás, Bom Jesus de Goiás, Buriti Alegre, Cachoeira de Goiás, Cachoeira Dourada, Caldas Novas, Caldazinha, Campestre de Goiás, Campo Alegre de Goiás, Caiapônia (abaixo de 600 metros de altitude), Catalão, Cezarina, Corumbaíba, Cristianópolis, Cromínia, Cumari, Davinópolis, Edealina, Edéia, Firminópolis, Goiandira, Goiânia, Goianira, Goiatuba, Guapó, Hidrolândia, Inaciolândia, Indiara, Ipameri, Itumbiara, Jandaia, Joviânia, Mairipotaba, Marzagão, Maurilândia, Morrinhos, Nazário, Nova Aurora, Ouvidor, Palmeiras de Goiás, Palmelo, Palminópolis, Panamá, Paraúna (abaixo de 600 metros de altitude), Piracanjuba, Pires do Rio, Pontalina, Porteirão, Professor Jamil, Rio Quente, Santa Bárbara, Santa Cruz de Goiás, Santa Helena de Goiás, Santo Antônio da Barra, São João da Paraúna, São Miguel do Passa Quatro, Senador Canedo, Três Ranchos, Trindade, Turvânia, Turvelândia, Urutaí, Varjão e Vicentinópolis.

Já pela região 2, o calendário determina o prazo final de semeadura para os municípios de:

Aparecida do Rio Doce, Aporé, Aragarças, Arenápolis, Baliza, Bom Jardim de Goiás, Cachoeira Alta, Caçu, Caiapônia (acima de 600 metros de altitude), Castelândia, Chapadão do Céu, Doverlândia, Gouvelândia, Itajá, Itarumã, Jataí, Lagoa Santa, Mineiros, Montividiu, Palestina de Goiás, Paranaiguara, Paraúna (acima de 600 metros de altitude), Perolândia, Piranhas, Portelândia, Quirinópolis, Rio Verde, Santa Rita do Araguaia, São Simão e Serranópolis.

“É importante que os produtores cumpram com os prazos definidos na legislação, para evitarmos as infestações pela praga e, assim, alcançarmos bons índices de produtividade e produção”, reforça Daniela. “Lembrando, ainda, que o calendário de semeadura é uma das medidas fitossanitárias obrigatórias fiscalizadas pela Agrodefesa. Há outras medidas importantes, como a eliminação de restos culturais após a colheita e o estabelecimento do vazio sanitário, iniciado no mês de setembro, que se somam na prevenção e controle ao inseto”, complementa.

Outras regiões

Na região 3, que envolve 54 municípios, o prazo da semeadura terminou no último dia 31 de janeiro. Nesses municípios, as lavouras encontram-se, agora, em fase de desenvolvimento vegetativo.

São eles: Abadiânia, Água Fria de Goiás, Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Alto Paraíso de Goiás, Alvorada do Norte, Anápolis, Barro Alto, Bonfinópolis, Buritinópolis, Cabeceiras, Campinaçu, Campo Limpo de Goiás, Campos Belos, Cavalcante, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Colinas do Sul, Cristalina, Damianópolis, Divinópolis de Goiás, Flores de Goiás, Formosa, Gameleira de Goiás, Goianápolis, Guarani de Goiás, Iaciara, Leopoldo de Bulhões, Luziânia, Mambaí, Mimoso de Goiás, Minaçu, Monte Alegre de Goiás, Nerópolis, Niquelândia, Nova Roma, Novo Gama, Orizona, Padre Bernardo, Pirenópolis, Planaltina, Posse, Santo Antônio de Goiás, Santo Antônio do Descoberto, São João da Aliança, Silvânia, Simolândia, Sítio d’Abadia, Terezina de Goiás, Teresópolis de Goiás, Valparaíso de Goiás, Vianópolis, Vila Boa e Vila Propício.

Já na região 4, que cobre os municípios restantes – 89 municípios – o calendário de semeadura teve início em 21 de janeiro e termina em 15 de abril. São os municípios de:

Adelândia, Alto Horizonte, Amaralina, Americano do Brasil, Amorinópolis, Anicuns, Araçu, Araguapaz, Aruanã, Bonópolis, Brazabrantes, Britânia, Buriti de Goiás, Campinorte, Campos Verdes, Carmo do Rio Verde, Caturaí, Ceres, Córrego do Ouro, Crixás, Damolândia, Diorama, Estrela do Norte, Faina, Fazenda Nova, Formoso, Goianésia, Goiás, Guaraíta, Guarinos, Heitoraí, Hidrolina, Inhumas, Ipiranga de Goiás, Iporá, Israelândia, Itaberaí, Itaguari, Itaguaru, Itapaci, Itapirapuã, Itapuranga, Itauçu, Ivolândia, Jaraguá, Jaupaci, Jesúpolis, Jussara, Mara Rosa, Matrinchã, Moiporá, Montes Claros de Goiás, Montividiu do Norte, Morro Agudo de Goiás, Mossâmedes, Mozarlândia, Mundo Novo, Mutunópolis, Nova América, Nova Crixás, Nova Glória, Nova Iguaçu de Goiás, Nova Veneza, Novo Brasil, Novo Planalto, Ouro Verde, Petrolina de Goiás, Pilar de Goiás, Porangatu, Rialma, Rianápolis, Rubiataba, Sanclerlândia, Santa Fé de Goiás, Santa Izabel, Santa Rita do Novo Destino, Santa Rosa de Goiás, Santa Terezinha de Goiás, Santa Tereza de Goiás, São Francisco de Goiás, São Luiz do Norte, São Luís de Montes Belos, São Miguel do Araguaia, São Patrício, Taquaral de Goiás, Trombas, Uirapuru, Uruaçu e Uruana.

Cadastro de propriedades

A Agrodefesa alerta, também, que o cadastro de todas as lavouras de algodão é obrigatório junto ao órgão e deve ser feito no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago) até 30 dias após a semeadura. “De posse das informações sobre as lavouras de algodão do Estado, a Agrodefesa pode monitorar a presença de pragas, bem como desenvolver ações com foco na sanidade das lavouras. A cultura do algodão tem uma importância econômica muito grande no Estado de Goiás, com uma cadeia extremamente organizada, qualificada e tecnificada, que gera renda e milhares de empregos no campo e na cidade”, finaliza o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.

De acordo com o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado em janeiro, Goiás deve produzir 138,2 mil toneladas de algodão na safra 2024/2025, em uma área plantada de 30,3 mil hectares. A produção de algodão em pluma deve ser de 55,3 mil toneladas, enquanto que de caroço de algodão a expectativa é de produção de 82,9 mil toneladas.

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