Senado aprova instituição de política nacional de ILPF
A Emater/RS-Ascar realizou, durante a segunda quinzena de novembro, uma reavaliação da área a ser cultivada com os grãos de verão no Rio Grande do Sul.
Os números apresentados praticamente ratificam aquelas áreas divulgadas no primeiro levantamento, com as alterações sendo verificadas apenas em décimos de percentual. Este segundo levantamento sobre a intenção de plantio levou em conta as informações de 326 municípios que, em conjunto, representam 95% do universo a ser cultivado neste ano-safra 2009/2010.
Com a cultura do feijão, os números apontam uma redução de 0,95%, caindo para 84.143 ha. Mantendo-se a produtividade inicialmente estimada, a produção da 1ª safra de feijão do Estado deverá ser de 98.616 toneladas, ficando 8,37% acima da safra do ano anterior. Mesmo com a situação de campo ainda com alta umidade, em boa parte das lavouras, as precipitações diminuíram consideravelmente em grande parte da área de produção de feijão. Essa situação propiciou pequeno avanço no plantio e na colheita, mas mantém atrasos que deverão continuar afetando de forma negativa a cultura instalada. Segundo a diretora técnica da Emater/RS, Águeda Marcéi Mezomo, o quadro de umidade excessiva e atrasos na fase de desenvolvimento estão prejudicando o comportamento e a evolução da cultura, com o aparecimento de doenças fúngicas e o abortamento de vagens.
Para os orizicultores, a semana ainda foi de muita dificuldade na retomada dos trabalhos de implantação desta safra. A manutenção da umidade do solo em níveis excessivos e a continuidade de alagamentos nas áreas próximas a rios e arroios seguem prejudicando a conclusão do plantio. Só na Campanha e Fronteira Oeste, segundo informações da região administrativa de Bagé, aproximadamente 20 mil hectares ainda se encontram alagados e sem possibilidade de manejo. Com esse cenário se repetindo, em maior ou menor escala pelas regiões produtoras, o percentual de área semeada aumentou seis pontos durante o último período, alcançando 80%, indicando que parte da área projetada poderá não ser finalizada. Essa situação levou a Emater/RS-Ascar a não modificar sua estimativa de área, uma vez que sua consolidação final dependerá do quanto de área afetada pelas chuvas os produtores poderão recuperar.
A soja é outra cultura cuja implantação segue com significativo atraso em relação aos anos anteriores. O percentual de área semeada atinge somente 65% do previsto, quando deveria estar em 81%, segundo a média das últimas safras. Dificuldades na dessecação da vegetação de cobertura pelo excesso de chuvas e as consequentes condições inadequadas de manejo são apontadas pelos técnicos como as principais causas. Outro problema se refere ao aparecimento, com mais intensidade, de problemas fitossanitários, como doenças fúngicas e lagartas típicas de início de desenvolvimento.
Por suas características, o milho parece não ter sido muito afetado pelas recentes chuvas. Apesar dos transtornos provocados, como a necessidade de replantio de algumas áreas ou a intensificação no controle de pragas e invasoras, o desenvolvimento da atual safra evolui dentro de uma aparente normalidade, apresentando apenas um pequeno descompasso em relação aos anos anteriores. Independente das fases em que se encontram, as diferenças são, em média, de um ponto percentual para menos. Segundo os técnicos, o estado geral das lavouras pode ser considerado bom, com algumas exceções localizas em áreas mais baixas, onde a drenagem natural do solo é mais difícil, provocando o amarelecimento das plantas e a paralisação do crescimento.
Raquel Aguiar
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
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