RS: Produtividades se mantêm estáveis

As chuvas ocorridas em janeiro, apesar de irregulares e em volumes aquém do necessário, parecem ter freado o avanço dos prejuízos causados pela estiagem sobre as lavouras de milho. O acompanhamento das colheitas já efetuadas e o potencial das lavouras em maturação mostram que a produtividade média tem se mantido dentro do esperado. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, é prematuro afirmar que o milho feche seu ciclo com esses resultados, pois é significativo o percentual de lavouras que deverão atravessar o período de floração (15%) e enchimento de grãos (32%), sendo fundamental o comportamento do clima até março para a fixação da safra.

Na soja, a situação se mantém inalterada, com as lavouras apresentando desenvolvimento apenas satisfatório. A partir de agora, o clima será determinante para a cultura, uma vez que começa a aumentar de maneira significativa o percentual de lavouras em fase de floração (35%). Segundo os prognósticos da meteorologia, em fevereiro as chuvas deverão ficar abaixo da média na maioria das regiões, o que não é nada conveniente para a cultura da soja. Por enquanto, algumas áreas são replantadas e a germinação é deficiente em lavouras semeadas sob déficit hídrico.

No feijão, a evolução da lavoura manteve-se lenta em razão do quadro de deficiência hídrica que vem ocorrendo em boa parte do Estado. Mesmo assim, a cultura já atinge os 72% de sua área colhida. As fases consideradas mais críticas da lavoura em relação à maior necessidade de umidade no solo (floração e enchimento de grãos) apresentam percentuais reduzidos, ficando em 12%, na semana.

OLERÍCOLAS, FRUTAS E CRIAÇÕES

Batata-doce - Nos 1.400 ha implantados com batata-doce no município de Barra do Ribeiro, na Costa Doce, a colheita já está praticamente encerrada, faltando cerca de 3% a ser colhido. A comercialização encontra-se lenta, com demanda diminuta. O preço da caixa de 20 kg na lavoura está custando R$ 7,00 e, entregue na Ceasa, R$ 15,00. Nesse período iniciou-se o preparo e plantio da próxima safra.

Uva - Na Serra, está se encaminhando para o final a colheita da variedade Concord, chega ao auge a da Niágara e tem início a da cultivar Bordô. Intensifica-se o ritmo dos trabalhos nas cantinas. As plantas e frutas se apresentam em bom estado, com pouca incidência de doenças e quase ausência de ataque de pragas. O preço na propriedade para a variedade Niágara é de R$ 0,70/kg.

Adriane Bertoglio Rodrigues,

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

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