Parabéns aos agrônomos!
No início da semana passada, novamente as condições meteorológicas foram adversas, ocasionando danos à implantação das culturas de verão e aos hortigranjeiros, com fortes chuvas e ventanias em boa parte do Rio Grande do Sul.
Conforme o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, nas lavouras de feijão, já em desenvolvimento, foi preciso fazer o replantio em algumas áreas e refazer a adubação que se perdeu por lixiviamento de solo.
Apesar disso a lavoura do feijão apresentou, na semana, um bom avanço na área semeada, aproveitando os dias sem precipitações e com menor umidade do solo. Essas lavouras estão localizadas em áreas onde as chuvas tiveram menores volumes de queda. Mesmo assim, o atraso da semeadura é grande em relação à média histórica, ou mesmo ao ano anterior, com defasagem de 17% e 16%, respectivamente. A área já semeada, compreende em sua maioria, regiões situadas bem ao Norte do Estado. Nas demais, a implantação das lavouras ainda é pequena e, na Zona Sul e na Serra, que semeiam no tarde, a situação é de preparo do solo em sua quase totalidade.
Os produtores de arroz seguem encontrando dificuldades no manejo das lavouras. O excesso de água nos quadros impede um início de plantio mais efetivo. Com exceção de alguns municípios da Fronteira Oeste (Uruguaiana, Itaqui, São Borja, entre outros), onde as precipitações têm sido menos intensas e frequentes, a área plantada até o momento é muito pequena, se compara a anos anteriores. São 120 mil ha contra, aproximadamente, 25 mil. No Estado, o total semeado até agora é de 7% da área prevista para 2009/2010, contra os 12% registrados na safra 2008/2009.
Estima-se que em torno de 42% da área prevista de milho para este ano já esteja plantada no Estado. Com as condições um pouco mais favoráveis, principalmente entre sexta-feira (02/10) e domingo (04/10), os agricultores concentraram esforços no plantio do milho, no intuito de recuperar o atrasado em relação aos anos anteriores. Cerca de 38% da área semeada encontra-se germinada, sendo que o desenvolvimento vegetativo, em virtude dos dias frios, solo úmido e falta de luz, está sendo prejudicado. "A perspectiva é que apenas a partir da segunda quinzena deste mês o plantio possa tomar mais impulso. Até lá as condições meteorológicas não deverão ser muito favoráveis aos trabalhos de campo", informou a diretora técnica da Emater/RS-Ascar, Águeda Marcéi Mezomo, com base no prognóstico de chuvas apontado pela meteorologia.
O trigo encontra-se com 85% da área em fase de floração e emborrachamento e com 10% em desenvolvimento vegetativo. Na safra anterior, nesse mesmo período, a cultura estava com 3%, em média, da área colhida. Na atual, o percentual representa o total de lavouras que estão entrando em fase de maturação. A elevada precipitação pluviométrica da segunda quinzena de setembro favoreceu o aparecimento de doenças foliares e de ferrugem, ao mesmo tempo em que dificultou as operações de tratamento com fungicidas.
Em decorrência das chuvas, os hortigranjeiros são as culturas que apresentam os maiores danos. Em razão da sensibilidade da alface às variações climáticas, principalmente ao excesso de umidade, observa-se que as lavouras implantadas a céu aberto na Serra, apresentam depreciação no aspecto e na sanidade. Na Serra, em algumas áreas com alho está ocorrendo o aparecimento de bacteriose e alternária.
Com relação às frutas cítricas, a fase é de final de colheita na região do Vale do Caí, o que ocorre de forma antecipada se comparada há anos anteriores. Ao mesmo tempo em que a colheita caminha para o final, começa a floração que dará origem às novas frutas. A ocorrência dessa etapa em um período de frequentes chuvas dos meses de setembro e outubro, poderá provocar doenças nas frutas que estão se formando.
Raquel Aguiar
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
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