Soluções tecnológicas para o agronegócio da cultura do arroz estão na Agrotins
A Embrapa Arroz e Feijão está apresentando durante a Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins) duas opções para o cultivo do arroz em terras altas
Não há dúvida que a sazonalidade nos preços do arroz em casca é um dos aspectos que mais preocupa os produtores, especialmente na hora de programar o plantio da próxima safra. Além de investir em sementes de qualidade, executar um bom manejo e torcer para que o clima favoreça o desenvolvimento da lavoura, o orizicultor precisa estar atento ao mercado e as alternativas de negociação para garantir a rentabilidade do seu negócio.
É por isso, que algumas empresas como a RiceTec Sementes, multinacional da área de sementes híbridas de arroz, vem investindo em pesquisa para o desenvolvimento de novas variedades e também em novas propostas comerciais para aquisição de sementes, que auxiliem o produtor a se programar economicamente para o plantio.
Com um investimento anual de aproximadamente R$ 20 milhões em pesquisa, a RiceTec tem como foco o desenvolvimento e o lançamento de novos produtos. Para a próxima safra a multinacional agregou ao seu portfólio novas cultivares que visam atender as necessidades do produtor, desde o controle de plantas daninhas até o resultado na produtividade.
“Na última safra os resultados comprovaram a excelente performance do Titan CL e mostram que a empresa evolui em genética e novas tecnologias com o novo híbrido XP113 FullPage, agregando qualidade de grãos, tolerância a herbicidas otimizada e produtividade. Além disso, foi um ano de excelente performance para o Inov CL - líder de qualidade entre as cultivares de ciclo curto”, afirma o diretor da RiceTec para América Latina, Jose Plaza.
Os híbridos da tecnologia FullPage, fruto de uma parceria com a Adama Agricultural Solutions, mostram uma melhora na tolerância aos herbicidas IMI. Isso melhorou a resposta da cultura durante aplicações de herbicidas em condições estressantes de crescimento, permitindo a expressão de seu potencial genético. Segundo os agrônomos, esta característica confere ao produtor a possibilidade de uma maior flexibilização da aplicação dos herbicidas bem como do início da irrigação da lavoura.
Os primeiros produtos da RiceTec na América do Sul com essa tecnologia são o XP113 FP e o Inov FP ganhando o sufixo FP (Full Page) que faz menção aos genes próprios da empresa que conferem tolerância aos herbicidas do grupo químico das Imidazolinonas.
Já a tecnologia Max-Ace, visa atender as necessidades do produtor desde o controle de plantas daninhas até o resultado na produtividade. Essa tecnologia conta com uma genética tolerante aos herbicidas inibidores de ACCase, atuando no controle de arroz vermelho e gramíneas resistentes aos herbicidas Inibidores de ALS.
“Os novos produtos que estamos lançando têm como foco promover o controle efetivo de arroz vermelho e gramíneas resistentes a herbicidas ALS, queremos resgatar a produtividade nessas áreas. O produtor está tendo perdas muito altas pela baixa eficiência de controle e o alto custo acabam inviabilizando a atividade arrozeira em boa parte das áreas que vem enfrentando o problema da resistência de plantas daninhas”, destaca José Plaza, executivo da multinacional no Brasil.
De acordo com muitos agrônomos, hoje o principal problema na lavoura arrozeira é o arroz vermelho, que não possui mais alternativa de controle e nos últimos anos é observado um incremento substancial de gramíneas resistentes aos herbicidas inibidores de ALS. “Com essa nova tecnologia o produtor ganha uma ferramenta muito importante e passa a ter mais uma possibilidade de rotação, agora de grupo químico de herbicidas. Estes materiais, além de alto potencial produtivo, também agregam maior tolerância a doenças como a brusone do arroz”, afirma o engenheiro agrônomo da RiceTec, Cyrano Busato.
Mas para manter ativo por mais tempo o total potencial produtivo da tecnologia empregada na semente, o engenheiro agrônomo alerta que é preciso estar atento a todos processos. “É importante que a tecnologia seja manejada como um sistema integrado, não apenas como uma única ferramenta, mas como parte de uma engrenagem. Hoje a soja está mudando a realidade das lavouras de arroz, pois traz a possibilidade de uso de um herbicida de ação total e que não é usado na pós-emergência do arroz e desta forma será uma aliada às atuais tecnologias presentes na cultura do arroz. Pois nos proporciona a rotação de cultivo, rotação de grupos químicos e formamos um sistema de produção mais estruturado”, destaca Busato.
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