Retirada de tarifas dos EUA altera cenário do café global

Decisão deve favorecer o fluxo do café brasileiro e influenciar diferenciais e níveis de estoque na ICE

24.11.2025 | 17:05 (UTC -3)
Luciano Correia

Após semanas de negociações bilaterais, o governo dos EUA anunciou a retirada das tarifas adicionais de 40% sobre o café brasileiro, medida que vinha pressionando exportações e elevando custos para torrefadores norte-americanos. A decisão, oficializada na última quinta-feira (20), marca um ponto na relação comercial entre Brasil e EUA, especialmente porque o Brasil é o maior fornecedor global do grão. 

O movimento segue uma série de ajustes na política tarifária americana: em outubro, as tarifas do Vietnã já haviam sido zeradas, e em novembro Washington ampliou a isenção para produtos não cultivados domesticamente, como o café. 

Entre os possíveis impactos no mercado, a Hedgepoint destaca:

  • Exportações brasileiras para os EUA, que sofreram forte retração nos últimos meses, podem iniciar um processo de recuperação.
  • Estoques certificados de Arábica na ICE, atualmente em níveis historicamente baixos, podem se recompor à medida que o fluxo de café brasileiro retorne.
  • No entanto, a velocidade dessa recomposição dependerá dos diferenciais do Brasil e do impacto da medida sobre outras origens, muitas delas em plena colheita.

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