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A apresentação dos resultados parciais do trabalho de cultivo experimental da alga vermelha (Kappaphycus alvarezii), produtora de carragenana, aconteceu quinta-feira (12/03), no auditório da Epagri, em Florianópolis/SC.
A pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina Leila Hayashi está conduzindo o cultivo experimental em Florianópolis há um ano. “Os resultados parciais já apontam que o litoral catarinense tem potencial para os cultivos da espécie”, explica Leila, revelando que a definição de Santa Catarina para a pesquisa aconteceu porque o Estado reúne as condições ideais para o sucesso de cultivos dessa espécie por apresentar um setor produtivo organizado, com infraestrutura de pesquisa e extensão oferecida pela Epagri e pela UFSC.
A importância econômica desse cultivo deve-se ao fato da referida alga ser matéria-prima para a extração da carragenana que é utilizada como agente espessante e estabilizante na indústria alimentícia, de cosméticos, farmacêutica e até para a fabricação de tintas de parede, entre muitos outros usos. O Brasil importa mais de mil toneladas de carragenana por ano, o que representa R$13 milhões. O produto movimenta um mercado de US$240 milhões, com produção mundial da ordem de 150 mil toneladas. A República das Filipinas é o país maior produtor mundial de carragenana seguido por Indonésia e Tanzânia.
“A Epagri participa do convênio com o objetivo de propiciar nova alternativa de renda para o maricultor e diversificação de produção”, explica o pesquisador do Centro de Desenvolvimento em Aqüicultura e Pesca da Epagri, Alex Alves dos Santos, acrescentando que existe a possibilidade de um consórcio entre o cultivo de moluscos e o de macroalgas que seria benéfico, do ponto de vista ambiental, já que as macroalgas utilizam os nutrientes oriundos das fezes e pseudo fezes dos moluscos para crescerem, limpando a água.
O projeto está sendo desenvolvido em parceria pela UFSC, Universidade de São Paulo (USP), Epagri e Instituto de Pesca de São Paulo. A Fapesc financiou a primeira etapa do projeto e as fontes financiadoras da 2ª. etapa são o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (SEAP). “A 2ª. etapa do projeto vai avaliar o ciclo produtivo dessa alga procurando estabelecer metodologias que viabilizem a introdução comercial da alga no litoral catarinense”, informa a coordenadora do projeto e professora do Centro de Ciências Biológicas da UFSC, Dra. Zenilda L. Bouzon.
Márcia Sampaio
Epagri
48 3239-5503 /
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