Sebastião Barbosa será o novo presidente da Embrapa
Sebastião Barbosa, pesquisador aposentado da unidade de Algodão da Embrapa, será o novo presidente da empresa
“Capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) em Mato Grosso: resistência a herbicidas inibidores da ACCase e indicação de sítios de ação alternativos” é o título da mais recente Circular Técnica do Instituto Mato-grossense de Algodão (IMAmt).
Assinada pelos pesquisadores Edson de Andrade Junior e Leonardo Bitencourt Scoz, do IMAmt, e pelos professores Anderson Luis Cavenaghi, do Univag - Centro Universitário, e Sebastião Carneiro Guimarães, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a Circular Técnica nº 38 apresenta resultados de estudo de monitoramento realizado entre 2012 a 2016 sobre a resistência de uma das plantas daninhas mais frequentes em lavouras de algodão de Mato Grosso.
O capim-pé-de-galinha (E. indica) é altamente adaptável ao clima e ao solo de Mato Grosso, além de ser hospedeira de diversos agentes patogênicos que atacam plantas cultivadas, como Helminthosporium spp., Meloidogyne incognita, Rotylenchus reniformis e Pratylenchus pratensis.
De acordo com os autores da Circular Técnica nº 38, os cotonicultores mato-grossenses, que cultivaram 795 mil ha de algodão na safra 2017/18, vêm enfrentando o aumento de áreas com resistência de plantas daninhas a herbicidas:
"Entre as espécies de plantas daninhas mais frequentes em lavouras anuais, a importância do capim-pé-de-galinha aumentou nos últimos anos em função de falhas constantes na eficácia de controle com herbicidas inibidores da ACCase, o que tem resultado em infestações intensas em áreas de cultivo de soja, algodão e milho".
Uma possibilidade de manejo dessa planta daninha é a utilização de cultivares de algodão, soja e milho resistentes ao glyphosate, mas também já há relatos de biótipos da E. indica resistentes a glyphosate em vários países, inclusive no Brasil, alertam os autores do estudo.
Para a realização desse estudo, foram coletadas sementes de plantas daninhas em todas as regiões produtoras de algodão de Mato Grosso, principalmente em áreas onde o capim-pé-de-galinha havia sobrevivido a pelo menos uma aplicação de tratamento com herbicida contendo inibidores da ACCase, entre os anos 2012 e 2016.
Após tratamento, essas amostras foram submetidas a seis tipos de tratamento, sendo um sem a utilização de herbicidas e os demais com diferentes doses dos dois herbicidas em avaliação. Por meio de gráficos e tabelas é possível verificar os resultados, como a percepção de que a resistência aos herbicidas inibidores da ACCase é comum em todas as regiões produtoras de algodão de Mato Grosso.
Na avaliação dos autores da CT nº 38, "a continuidade de trabalhos de localização e confirmação de casos de resistência de plantas daninhas a herbicidas é importante
para reduzir a expansão do problema e para conscientizar os produtores da necessidade de rotação de herbicidas com diferentes sítios de ação, o que é atualmente realizado de modo a atender a demanda dos GTAs (Grupo Técnico do Algodão) das áreas algodoeiras de Mato Grosso'.
Para saber mais sobre o estudo realizado e seus resultados, confira aqui a íntegra da CT nº 38.
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