RenovaBio tem incertezas e desafios para o 2025

Consultoria Agro Itaú BBA estima queda de emissão de CBios em 2025

05.12.2024 | 08:58 (UTC -3)
Revista Cultivar

O balanço do programa RenovaBio em 2024 revela incertezas no cumprimento das metas e aponta desafios significativos para 2025. O volume de CBios aposentados deve ficar abaixo da meta estipulada, enquanto a previsão para o próximo ano indica um cenário ainda mais restritivo no balanço entre oferta e demanda.

A consultoria Agro Itaú BBA estima queda de emissão de CBios em 2025, combinada a uma meta de redução de emissões mais elevada, o que pode intensificar a pressão sobre as distribuidoras para cumprimento das obrigações.

A previsão é que cerca de 10,6 milhões de CBios não sejam aposentados no ano de 2024, levando a uma taxa de cumprimento de aproximadamente 77%. Caso a situação das distribuidoras que não atingiram suas metas no ano anterior se repita, o volume de CBios a ser aposentado não será suficiente para cumprir a meta anual.

Até o fim de novembro, foram adquiridos 36,1 milhões de CBios, e espera-se que o volume comercializado em dezembro seja baixo, devido ao contexto de baixos preços e à perspectiva de oportunidades de negócios limitadas.

Para o ano meta de 2025, o cenário projetado pela consultoria é ainda mais apertado, com uma expectativa de emissão de 40,2 milhões de CBios -- redução de 2,4% em relação a 2024. A meta anual de redução de emissões, no entanto, é de 42,6 milhões de CBios, valor que pode ser ajustado para 40,4 milhões caso a proposta do Ministério de Minas e Energia seja aprovada. Esse desequilíbrio projetado sugere que o próximo ano será caracterizado por uma menor geração de CBios em relação à demanda obrigatória.

Outro fator que pode alterar o panorama do setor em 2025 é a possível aprovação do Projeto de Lei 3149/20, que prevê o aumento das multas e novas punições para distribuidoras que não cumprirem suas metas individuais de CBios. Essa medida pode levar as empresas a um esforço adicional para garantir o cumprimento das obrigações e evitar sanções mais severas.

Os preços dos CBios no final de novembro mantiveram-se estáveis, em torno de R$ 83,00, o que representa uma queda de 9% em relação à média do ano. No acumulado de janeiro a novembro, o volume de CBios negociados foi de 82,3 milhões, 15% superior ao mesmo período do ano passado, embora novembro tenha registrado uma queda de 33% no volume mensal negociado.

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