Foi realizada, no dia 3 de maio, a reunião para validação dos estudos do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) da cultura do sorgo forrageiro para o cultivo nos estados da Região Norte. A reunião é mais uma etapa para a aprovação do Zarc da cultura pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) e faz parte de um esforço para a definição do zoneamento para grande parte das culturas agrícolas no país.
De acordo com Isaac Cohen, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, o Zarc é uma ferramenta essencial para o produtor de sorgo planejar e melhorar sua produção. Segundo dados apresentados na reunião, a Região Norte apresenta condições adequadas de clima para o cultivo do sorgo, por ser uma cultura resistente aos períodos de seca. O estado do Acre concentra maior risco de 30% a 40%, enquanto nas regiões central e oeste do Amazonas é possível cultivar o sorgo com 80% de sucesso.
Realizada virtualmente, a reunião foi organizada pelo Mapa e pela Embrapa e teve como objetivo repassar os resultados das pesquisas e análises que vão nortear o Zarc do sorgo forrageiro na Região. O estudo foi elaborado pela equipe da Embrapa Milho e Sorgo, sob a coordenação técnica do pesquisador Daniel Pereira Guimarães.
Participaram do encontro representantes de secretarias estaduais ligadas à agricultura, de secretarias municipais, produtores rurais, além dos pesquisadores da Embrapa envolvidos no trabalho. O Zarc do cultivo de sorgo abrange informações sobre os períodos indicados para o plantio, os florescimento e crescimento dos frutos e colheita.
O Zarc é uma ferramenta desenvolvida para auxiliar o produtor rural no planejamento e execução de atividades agrícolas, fundamental para a aplicação de políticas públicas como o Programa de Garantia de Atividade Agropecuária (Proagro), o Seguro Rural e para a concessão de crédito agrícola. A metodologia do Zarc apresenta os períodos mais indicados para o plantio, florescimento e colheita de citros em cada município dos estados da região, levando em consideração o clima e os tipos de solos, entre outros aspectos. Após essa reunião de validação, os pesquisadores envolvidos no Zarc vão se reunir para formatar o documento final que será entregue ao Mapa. Após análise, o Zarc é publicado no Diário Oficial e no site do Ministério da Agricultura.
Os sorgos forrageiros são adequados tanto para a produção de silagem quanto para o corte verde, em geral atingindo altura de corte com 2 e 3 m. Tem amplo potencial de uso, pois apresenta alta produtividade, se adequa bem à mecanização e pode ser utilizado para pastejo, corte direto e silagem. O sorgo forrageiro possui porte mais alto do que o granífero (acima de 2m) e grande produção de matéria verde, o que justifica sua aptidão produtiva, que é o pastejo, forragem para corte e silagem.