Região do Cerrado Mineiro atinge cinco milhões de selos para cafés industrializados e reforça liderança no cenário global

Denominação de Origem é um marco que reflete a elevada qualidade e consistência dos grãos cultivados na região

14.04.2025 | 08:18 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações Adriana Bernardes

Neste 14 de abril, data em que se comemora o Dia Internacional do Café, a Região do Cerrado Mineiro celebra um feito inédito em 2024: a emissão de cinco milhões de selos de Denominação de Origem (DO) destinados a cafés industrializados. Esse marco reflete não apenas a elevada qualidade e consistência dos grãos cultivados na região, mas também a expansão contínua de sua presença em mais de 50 países.

O crescimento também é significativo no que diz respeito ao café verde certificado com o selo DO. Em 2024, a região apresentou um salto de 160%, passando de 115 mil para 300 mil sacas certificadas. Esse avanço comprova a crescente relevância do café do Cerrado Mineiro para torrefadores e consumidores em âmbito internacional.

“Nossa parceria com a illycaffè, uma das maiores torrefadoras da Itália, foi fundamental para essa projeção global. Essa colaboração impulsionou o volume de selos emitidos e garantiu a chegada do nosso café a dezenas de países. Antes da parceria com a reconhecida marca italiana, a região emitia cerca de 250 mil selos por ano para cafés industrializados. Em 2024, alcançamos a impressionante marca de cinco milhões”, destaca Juliano Tarabal, diretor executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado.

Para potencializar a divulgação do selo de Denominação de Origem (DO), a Federação realizou um road show em outubro passado, percorrendo três importantes cidades italianas: Milão, Florença e Roma. A escolha da Itália não foi aleatória, pois o país figura entre os maiores importadores de café brasileiro, em especial do Cerrado Mineiro, além de valorizar amplamente produtos com certificação de origem – fator que agrega valor ao café local.

Denominação de Origem: certificação de excelência

A Denominação de Origem é concedida aos cafés produzidos nos 55 municípios que integram a Região do Cerrado Mineiro. Abrangendo aproximadamente 250 mil hectares de área cultivada, a região produz cerca de seis milhões de sacas de 60 kg por ano – o que equivale a 25,4% da produção de Minas Gerais e 12,7% da produção nacional.

O selo DO assegura o cumprimento de rigorosos padrões de qualidade e a produção em condições exclusivas de terroir, como altitude, clima e solo característicos. Esse diferencial tem sido determinante para conquistar mercados exigentes e fortalecer a marca Cerrado Mineiro no exterior.

De acordo com o presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Gláucio de Castro, o êxito da região resulta de uma combinação de fatores, incluindo investimento em inovação tecnológica, gestão profissionalizada e compromisso com práticas sustentáveis. “Os produtores adotam técnicas de manejo responsável, o que garante não apenas a excelência do produto final, mas também a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento socioeconômico local”, ressalta.

A Federação reúne seis cooperativas: Carmocer, Carpec, Coocacer Araguari, Coopadap, Expocacer e MonteCCer.

Impacto internacional e perspectivas

A inserção do café do Cerrado Mineiro em mais de 50 países confirma o fortalecimento de sua reputação. O aumento expressivo do volume de cafés certificados com o selo DO demonstra o reconhecimento da região como uma das principais fornecedoras de cafés de alta qualidade em âmbito mundial.

“O avanço nos volumes certificados mostra como a colaboração entre produtores, cooperativas e parceiros estrangeiros tem sido essencial. Estamos construindo um caminho sólido para elevar ainda mais o patamar do café do Cerrado Mineiro. Alcançar cinco milhões de selos emitidos e registrar um crescimento marcante na certificação de café verde reafirma nossa posição de destaque na produção de cafés de excelência”, conclui Juliano Tarabal.

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