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O agronegócio brasileiro registrou 565 pedidos de recuperação judicial no segundo trimestre de 2025, um aumento de 31,7% em relação ao mesmo período do ano passado (429 solicitações). Os dados fazem parte do Indicador de Recuperação Judicial Agro, da Serasa Experian.
Cinco estados se destacaram pela concentração de pedidos de recuperação judicial no agronegócio: Goiás (94), Mato Grosso (73), Rio Grande do Sul (66), Minas Gerais (63) e Paraná (63).
A principal novidade, segundo a pesquisa, foi o fato de produtores rurais que atuam como pessoa jurídica concentrarem a maior parte dos pedidos — algo inédito desde o final de 2023, quando os requerimentos de produtores pessoa física vinham em alta. “Ainda estamos avaliando se houve um represamento ou mudança no perfil dos solicitantes”, explicou Marcelo Pimenta, head de Agronegócio da Serasa Experian.
Entre abril e junho, produtores rurais com CNPJ registraram 243 solicitações de recuperação judicial, praticamente o dobro do mesmo período de 2024 (121). O cultivo de soja respondeu pela maior parte dos pedidos (192), seguido pela pecuária bovina (26).
No mesmo trimestre, produtores que atuam como pessoa física protocolaram 220 pedidos, levemente acima dos 214 registrados um ano antes. Os grandes proprietários lideraram a lista (55), seguidos por médios (43) e pequenos (39). Arrendatários e grupos familiares também tiveram participação expressiva, com 83 requerimentos.
As empresas ligadas ao setor agropecuário apresentaram 102 pedidos, maior volume da série recente e acima dos 94 observados no segundo trimestre de 2024. A indústria de processamento de derivados agrícolas, como óleo de soja, açúcar, etanol e laticínios, liderou a estatística, com 32 solicitações.
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