Recuperação de pastagens evita o desmatamento na Amazônia

18.11.2009 | 21:59 (UTC -3)

Mais da metade das pastagens da Amazônia está em processo de degradação. É o que indica uma estimativa feita pela Embrapa, que mostra que a recuperação das forrageiras na região é a alternativa para manter a competitividade da pecuária, sem elevar os índices de desmatamento.

Pesquisas voltadas à recuperação de pastagens foram apresentadas no II Rondônia Leite, evento que reuniu especialistas de todo o país, e se encerrou nesta quarta-feira (18/11), em Rondônia.

"É preocupante a degradação de pastagens, não apenas na Amazônia, mas em todo o país", salienta Marcos Roveri, diretor-executivo da Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras Tropicais (Unipasto). "O apoio do governo em programas de recuperação de áreas degradadas, hoje estimadas em 70 milhões de hectares, é um ótimo caminho para contribuir com a cadeia produtiva e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente", destaca Roveri.

Fatores naturais fazem da região Amazônica um importante pólo para a agropecuária e para o desenvolvimento de pastagens. O clima que combina temperaturas elevadas com um alto volume de chuvas é bom para o crescimento de forrageiras. Porém, como alerta Carlos Maurício Soares, pesquisador da Embrapa Acre, é importante recuperar a área quando ela se tornar improdutiva. A presença de fungos, a falta de manutenção do solo, o elevado número de animais por região de pastagem e as cigarrinhas, praga das forrageiras, são as principais causas de degradação.

Não existe uma fórmula certa para a recuperação das áreas de forrageiras, segundo Soares. Cada região precisa ser analisada para verificar as causas da degradação. É necessário que se faça um manejo adequado do solo e que as origens do problema sejam eliminadas, caso contrário a área pode continuar improdutiva.

O sistema de produção a pasto coloca o Brasil em uma posição privilegiada e competitiva juntos aos mercados internacionais. "O problema da degradação da pastagem precisa ser mais bem entendido por todos, para que o sistema seja produtivo e ao mesmo tempo sustentável", adverte Roveri. "A recuperação das áreas evita que novas regiões sejam abertas para o pasto e, com isso, preservam o meio ambiente", completa.

Fonte: Barcelona Soluções

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