Recomendações para a viticultura em função do El Niño serão abordadas na Serra

Emater/RS e Seapi promoverão palestras sobre Manejo fitossanitário da videira e perspectivas climáticas para a safra da uva 2023/2024

11.07.2023 | 14:04 (UTC -3)
Rejane Paludo

A agricultura é um dos setores mais vulneráveis da economia às mudanças climáticas. Com a intensificação do fenômeno El Niño neste e nos próximos meses, ocasionando chuvas e temperaturas acima da média, as frutíferas de clima temperado podem ter seu potencial produtivo afetado. A fim de amenizar esse risco, levando para os produtores as principais práticas culturais recomendadas na fruticultura no período, a Emater/RS e a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) promoverão, na quinta-feira (13/07), palestras sobre manejo fitossanitário da videira e perspectivas climáticas para a safra da uva 2023/2024, com o engenheiro agrônomo da Emater/RS Enio Ângelo Todeschini e com o meteorologista da Seapi, Flávio Varone.

Em Flores da Cunha, o evento acontece a partir das 9h, na agência Agronegócio da Sicredi, em parceria com a Prefeitura, através da Secretaria da Agricultura, Sicredi e Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares. E em Farroupilha será à tarde, a partir das 14 horas, na agência Agro da Sicredi, em parceria com a Prefeitura, Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e Sicredi.

Confira as principais práticas recomendadas na fruticultura com o retorno do El Niño:

Poda Seca: Deixar um número de gemas ou carregadores abaixo do costumeiro.

Poda verde: É de fundamental importância para melhorar a aeração e insolação interna do dossel vegetativo, reduzindo o tempo de molhamento dos órgãos aéreos da planta.

Adubações: Somente as necessárias, conforme as análises de solo e folhas. O cuidado essencial é com fertilizantes nitrogenados, principais responsáveis pelo vigor das plantas.

Plantas de cobertura do solo: Garantem a reservação de água no solo, ao mesmo tempo em que evitam a erosão e perdas da fertilidade em momentos de chuvas torrenciais. Em período de deficiência de chuvas a palhada retém a umidade no solo por restringir a ação do calor e dos eventos.

Tratamentos de inverno: Com as tracionais caldas bordalesa e sulfocálcica, com o intuito de redução da fonte de inóculo nas plantas, ou seja, mitigação da presença de propágulos de fitopatias e de populações de pragas.

Indutores de brotação: Para a superação da dormência, ajudando a uniformizar a brotação das plantas, com ajuste na dose para cada espécie e variedade de frutífera.

Cultivos protegidos: Manter o filme plástico sempre limpo (com pelo menos duas lavagens ao ano) para aumentar a disponibilidade da radiação solar sobre as folhas.

Tratamentos fitossanitários na fase vegetativa: Manter o pulverizador sempre em perfeitas condições, limpando diariamente os filtros, evitando pressão acima do recomendado, usando todos os bicos do mesmo tipo e horas de trabalho, água de qualidade e espalhante adesivo.

Escolher os fungicidas que for usar de acordo com a fase da planta e condições climáticas predominantes, lembrando que os produtos sistêmicos não funcionam bem com temperaturas em geral abaixo de 12 graus e na ausência de radiação solar intensa.

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