Receita cambial com café exportado nos últimos doze meses teve alta de 34,1% , diz relatório do CeCafé

09.06.2015 | 20:59 (UTC -3)

A receita cambial com as exportações de café do Brasil registrou nos últimos doze meses (junho/2014 a maio/2015) um incremento de 34,1% em relação ao período anterior, fechando em US$ 6,960 bilhões. Já o volume apresentou alta de 9,42% na mesma base comparativa. Foram exportadas, no total, 36.697.386 sacas (verde, torrado & moído e solúvel). As informações são do Balanço das Exportações divulgado hoje pelo CeCafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Guilherme Braga, diretor-geral da entidade, explica que “houve um aumento no consumo mundial, que tem se mantido em torno de 2% a.a. e o Brasil possui um bom reconhecimento em termos de qualidade e regularidade na distribuição do produto, além de preços competitivos. Isso favoreceu o crescimento no volume exportado. O conillon também tem apresentado uma alta consistente no volume exportado, chegando a 4.494.371 sacas embarcadas no período e que acabou compensando a queda nas exportações de arábica. Do ponto de vista da receita, o resultado também foi bom, apesar dos preços terem oscilado bastante - em função das expectativas em relação à safra e aos suprimentos - se mantiveram em um nível satisfatório”.

O mês de maio apresentou uma receita de US$ 460,817 milhões, valor 17,4% menor que o registrado em 2014. Em termos de volume, o total exportado foi de 2.783.972 sacas, 7,7% mais baixo que no ano passado.

No que diz respeito ao ano-safra, o Brasil comercializou 33.736.541 sacas de café entre julho de 2014 e maio de 2015, quantidade 8,2% superior à contabilizada no mesmo período da safra anterior. A receita apontada foi de US$ 6,401 bilhões.

Considerando a qualidade do café, o levantamento mostra que a variedade arábica respondeu por 78,0% das vendas do país nos cinco primeiros meses de 2015, o robusta por 12,5%, o solúvel, por 9,4% das exportações e o torrado & moído por 0,1%. Os cafés diferenciados (arábica e conillon) tiveram participação de 25,5% nas exportações em termos de volume e de 32,6% na receita cambial.

O relatório aponta ainda que, no acumulado de janeiro a maio de 2015, a Europa foi o principal mercado importador e responsável pela aquisição de 55% do total de café embarcado pelo Brasil. Já a América do Norte respondeu pela compra de 24% do total de sacas exportadas, a Ásia por 16% e a América do Sul por 3%.

As exportações brasileiras para os chamados Países Importadores tiveram um aumento de 3% nesse mesmo período. Já para os Países Produtores houve uma queda de 19% no volume embarcado, considerando a mesma base comparativa.

Segundo o Balanço das Exportações, a lista de países importadores nos cinco primeiros meses de 2015 segue liderada pelos Estados Unidos, que adquiriram 3.023.551 sacas (20% do total exportado), seguido pela Alemanha, com 2.763.896 (19% do total). A Itália ocupou a terceira colocação, importando 1.199.711 sacas do produto brasileiro (8%). E em quarto está a Bélgica, com 1.061.367 sacas (7% do total).

Os embarques de café nos cinco meses de 2015 foram realizados em grande parte pelo porto de Santos, por onde foram escoados 84,1% do produto exportado (12.531.430 sacas), pelos portos do Rio de Janeiro, que embarcaram 7,7% do total (1.143.240 sacas), e pelo porto de Vitória, de onde saíram 5,3% do total (784.128 sacas).

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