Avião agrícola cai, mas piloto tem ferimentos leves
A aeronave estava aplicando fungicida e adubo foliar em uma lavoura de soja; o piloto Alaércio Calera sofreu apenas ferimentos leves
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Marcos Montes (PSD-MG), elogiou a decisão do governo federal de editar o Decreto 8.591, que prorroga por mais um ano o estado de emergência fitossanitária ou zoosanitária em todo o Brasil. Este período poderá ser estendido até a decisão final sobre o registro do defensivo benzoato de emamectina de combate à lagarta helicoverpa armígera.
Com a publicação dessa medida, os agricultores poderão utilizar em suas lavouras um conjunto de ações, que inclui a liberação do defensivo benzoato de emamectina de combate a praga helicoverpa armígera, praga exótica que anos atrás apareceu estranhamente em vários estados produtores e desde então vem destruindo lavouras de soja, algodão, café, mamona, pastagens, hortaliças, frutas, tomate, entre outras.
Reivindicação da FPA
A prorrogação dessa medida foi um dos pleitos apresentados esta semana ao ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, durante audiência no Palácio do Planalto da qual participaram os deputados Marcos Montes, Valdir Colatto (PMDB-SC) e Luiz Carlos Heinze (PP-RS). Encabeçava a lista de reivindicações a suspensão da Medida Provisória 699 destinada a multar caminhoneiros.
A publicação do decreto foi comemorada pelo setor produtivo rural porque o benzoato de emamectina é o único agroquímico capaz de controlar a lagarta de maneira eficaz. “É o único defensivo agrícola, utilizado em 70 países, inclusive pela União Européia, a mais rigorosa de todas na regulação de defensivos, e que não possui registro no Brasil”, explicou Montes.
Segundo especialistas da FPA, a agricultura desenvolvida em países de clima tropical, como é o caso do Brasil, é propícia ao aparecimento de muitas pragas; diferente de culturas desenvolvidas na Europa e Estados Unidos, onde as pragas e doenças desaparecem durante o período frio. “É inadmissível que um defensivo utilizado em diversos países do mundo não possa ser utilizado aqui no Brasil”, reclamam.
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