Tratamento de sementes é alternativa eficaz para controle de nematoides no Cerrado
Uma faixa de cerca de 30 metros de mata ciliar (de cada lado) do igarapé Serrinha, em Mucajaí (RR), será recuperada através de um projeto da Embrapa Roraima.O responsável é o pesquisador Otoniel Duarte, que desenvolveu uma parceria com a Prefeitura do município e a Petrobras Ambiental (financiadora da ideia).
O trabalho será realizado utilizando espécies arbóreas e arbustivas nativas. Entre elas, estão açaí, patauá, bacaba, buriti, cajá, parapará, ingá, quina quina, mutamba e jatobá. Segundo o pesquisador, com a efetivação do projeto será possível controlar a erosão nas margens dos cursos d´'água, evitando o assoreamento e elevando a qualidade e o nível da água.
As mudanças, conforme Duarte, também vão fazer muito bem à fauna da região. "Com este trabalho, teremos mais peixes e ainda preservaremos o corredor ecológico que serve para circulação e reprodução dos animais. Enfim, todo o meio ambiente em volta será recuperado", informa o pesquisador.
A primeira parte do projeto já está sendo colocada em prática. Agricultores da região são capacitados para serem protagonistas dessa ação. Eles recebem aulas, em classe e em campo, para entender porque é necessário a recuperação das matas ciliares e de que forma ela deve ser feita. O agricultor Sebastião Sousa, um dos participantes no projeto, diz que as aulas são de grande utilidade. "Aprendi sobre várias espécies que não conhecia e sobre a importância de cada uma delas.Entendi como podemos evitar a erosão do solo", explica.
Na segunda etapa do projeto, cada família engajada receberá cinco colmeias de abelhas sem ferrão para a exploração econômica do mel. "Nosso objetivo é que as abelhas realizem o trabalho de polinização da maioria dessas espécies vegetais, aumentando a incidência delas no local. Além disso, as família terão mais uma fonte de renda com a possibilidade de venda do mel", argumenta o pesquisador.
Mata Ciliar é uma área de preservação permanente, que segundo o Código Florestal (lei 4771/65) deve-se manter intocada, e, caso esteja degradada, deve-se prever a imediata recuperação.É aquela mata que fica às margens dos rios, igarapés, lagos, olhos d´água e represas. O nome vem do fato de serem tão importantes para a proteção dos rios e lagos como os cílios são para nossos olhos.
Essa vegetação tem o papel de controlar a erosão nas margens dos cursos de água evitando o assoreamento dos mananciais. Além disso mantém a qualidade e quantidade de água, filtra os possíveis resíduos de produtos químicos, agrotóxicos e fertilizantes, auxilia na proteção dos animais existentes no local e controla pragas nas plantações.
Embrapa Roraima
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