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A empresa Omegatec apresentou ao corpo técnico da Epagri/Ciram, na tarde desta quinta-feira (18/11), o projeto ATMOS, desenvolvido em parceria com a Epagri/Ciram e a UFSC e que visa dotar Santa Catarina de sistema computacional de alto desempenho, capaz de atender toda e qualquer demanda no setor de modelagem ambiental, além de transmitir dados de previsão climática em tempo real.
Como resultado, o Estado passaria a contar com uma estrutura capaz de minimizar prejuízos sociais e financeiros decorrentes de fenômenos meteorológicos extremos, cada vez mais comuns em decorrência das alterações climáticas.
O projeto consiste na montagem de um supercomputador, que estaria entre os 500 mais potentes do mundo, para processar as informações provenientes das atividades desenvolvidas na Epagri/Ciram. Esses dados seriam publicados num portal e repassados a todos os agricultores do estado em tempo real através de celulares e pagers. O equipamento poderia servir também para o desenvolvimento de diversas pesquisas.
Através do ATMOS, os agricultores e a sociedade catarinense teriam à sua disposição previsões de clima e tempo confiáveis para até 15 dias, prazo que atualmente é de 7 dias. Já os produtores agrícolas contariam com previsões personalizadas para as suas lavouras, uma vez que, ao se cadastrar no ATMOS, ele informaria a posição exata de sua propriedade (definida por localização via GPS), qual a sua cultura e as datas previstas de plantação e colheita. Com base nessas informações ele receberia uma previsão específica para a sua propriedade.
Para fazer a informação chegar ao agricultor de maneira rápida e eficiente o projeto prevê a distribuição de 20 mil celulares e 350 pagers, além de carregadores movidos a energia solar para aqueles cujas propriedades não dispõem de energia elétrica. Os produtores rurais precisariam ainda passar por um treinamento, com duração entre oito e dez meses, que os capacitariam a usar de maneira eficiente as informações encaminhadas pelo ATMOS.
A implantação total do projeto tem custo estimado em R$ 16 milhões. Esse valor representa 7% dos prejuízos contabilizados no estado com a passagem do furacão Catarina, em 2004, e com a seca verificada nos anos de 2005 e 2006. A proposta é de que este investimento seja diluído entre os diversos setores interessados, que envolve, além do governo do estado, fundações de pesquisa, cooperativas e empresas agrícolas, entre outros. A partir da captação dos recursos o ATMOS entraria em funcionamento em cerca de um ano, levando em consideração que o desenvolvimento da parte computacional (hardware e software) demandaria 3 meses, que se somariam ao prazo de treinamento dos agricultores.
Gisele Dias
Epagri/Ciram
(48) 3239-8160
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