Projeto Climapest discute efeitos da radiação UV-B em microrganismos de controle biológico

29.04.2009 | 20:59 (UTC -3)

Pesquisar os efeitos da radiação UV-B nos organismos vivos é tentar compreender as consequências ecológicas advindas do efeito dessa radiação e o que fazer para minimizar alterações prejudiciais na dinâmica ambiental terrestre. Por isso, um grupo de pesquisadores do Projeto em Rede Climapest, liderado pela Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna/SP) realiza seminário no dia 5 de maio, das 14 às 17h, no auditório da Unidade.

Eunice Reis, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente explica que o objetivo principal do encontro é contribuir com a divulgação dos estudos científicos recentes de pesquisadores brasileiros sobre o tema, envolvendo os membros da equipe de projeto e promovendo a interação com outros grupos nacionais de pesquisa.

O Sol emite três tipos de radiações que diferem entre si quanto ao tamanho de comprimento de onda: a infravermelha, a visível e a ultravioleta, lembra. “Da radiação ultravioleta, sempre incidiram na superfície terrestre os componentes A (faixa de comprimento de onda entre 320 e 400nm) e uma parte da B (faixa de comprimento de onda entre 280 e 320nm). Os seres vivos precisam delas para sobreviver e convivem bem com a radiação A e com parte da B, que era filtrada pela camada de ozônio até surgirem, na década de 80, os buracos nos dois hemisférios, norte e sul, causados pela ação humana, que permitem a incidência de UV-B com maior energia e maior intensidade sobre a Terra.

“Os efeitos dessa radiação são mais facilmente verificáveis por meio de microrganismos devido às maiores taxas de mutações no DNA”, esclarece a pesquisadora. “Tais mutações causam, por exemplo, o câncer de pele na espécie humana. Na agricultura alguns microrganismos de extrema importância, por serem causadores de doenças em plantas e também utilizados no controle biológico de pragas agrícolas, podem vir a sofrer alterações genéticas em função do aumento das taxas de mutação decorrentes de maior incidência de raios UV-B, o que poderia trazer consequências ecológicas imprevisíveis”.

Na primeira palestra será discutida a indução de alta tolerância ao calor e à radiação UV-B em conídios do fungo Metarhizium anisopliae var. anisopliae. A apresentação será de Drauzio Rangel da Universidade do Vale do Paraíba (Univap).

Às 15h, Fernando Andreote, pós doutorando da Embrapa Meio Ambiente em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) fala sobre hotspots de estudos do efeito da radição UV-B sobre comunidades microbianas.

São 100 vagas gratuitas. Mais informações pelo telefone 19.3311.2653 ou pelo email

Cristina Tordin

Embrapa Meio Ambiente

19.3311.2608 /

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