Combate às doenças de final de ciclo é destaque da UPL na 3ª Expo Soja
Evento virtual, promovido pela cooperativa Camda, com sede em Adamantina (SP), ocorre de 9 a 11 de março
Mecanização da colheita e cultivo orgânico de pimentas são as principais linhas de pesquisa inscritas no projeto “Desenvolvimento de cultivares de pimentas (Capsicum spp.) com características agronômicas, industriais e funcionais superiores para uma produção sustentável e maior competitividade do agronegócio” que vem sendo desenvolvido pela Embrapa Hortaliças (Brasília-DF).
Com esses objetivos no horizonte, o programa de melhoramento genético de pimentas da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) estabeleceu os caminhos a serem percorridos, a partir do desenvolvimento de novos materiais - a exemplo das cultivares de pimentas jalapeño e cayenne (calabresa) melhoradas geneticamente - que agreguem elevado potencial produtivo e características de plantas que permitam a mecanização da colheita.
O roteiro segue com o desenvolvimento de cultivares de pimenta habanero que reúnam resistência a doenças e pragas e características físico-químicas e industriais superiores, além de processos agropecuários ajustados, que as adequem ao sistema orgânico de produção.
Também voltadas ao sistema de cultivo orgânico incluem-se as pimentas dos grupos murupi e de cheiro, com novas cultivares resistentes a doenças e com potencial produtivo e qualidade de frutos superiores para o plantio nas principais regiões produtoras do País.
De acordo com a pesquisadora Cláudia Ribeiro, líder do projeto, o programa de melhoramento da Embrapa precisa avançar no desenvolvimento de cultivares de pimenta adaptadas à colheita mecanizada e semi-mecanizada e com elevados potenciais produtivos, com vistas a atender as demandas dos produtores e de agroindústrias de diferentes regiões do Brasil que cultivam pimentas.
“A mecanização da colheita, principalmente da pimenta jalapeño, permitirá a redução de perdas da produção por escassez de mão de obra, e a expansão e competitividade de indústrias processadoras de molhos, das regiões Sudeste e Centro-Oeste”, explica a pesquisadora, que também aponta a necessidade de novas cultivares para a sustentabilidade e a competitividade do mercado orgânico de pimentas.
Segundo ela, a disponibilização de novos materiais do grupo de pimentas habanero, murupi e de cheiro, adaptadas ao sistema de cultivo orgânico nas regiões Centro-Oeste, Sudeste, Nordeste e Norte, principalmente com resistência às principais doenças, e com elevada qualidade de fruto, é condição primeira para que a produção seja sustentável e competitiva.
Com uma área anual estimada de 13 mil hectares, produção total de 280 mil toneladas e mercado anual estimado em US$ 80 milhões, o cultivo de Capsicum spp. (pimentas e pimentões) é conduzido predominantemente por pequenos produtores, em sistema de produção familiar.
O mercado é diversificado, já que além de consumidos frescos os frutos são matéria-prima para as indústrias de molhos, conservas, flocos desidratados com as sementes (calabresa) e pó (páprica), indústrias farmacêuticas, sem esquecer o seu uso também como plantas ornamentais.
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