Programa de sustentabilidade para produtores de cana da Raízen obtém reconhecimento da SAI

Iniciativa inédita focada na valorização de boas práticas agrícolas para a cadeia da cana-de-açúcar, Programa ELO conquista benchmarking FSA da plataforma Sustainable Agriculture Initiative Platform (SAI)

16.05.2022 | 14:02 (UTC -3)
Raine Oliveira Santos

Raízen acaba de obter o reconhecimento da plataforma SAI (Sustainable Agriculture Initiative Platform), organização sem fins lucrativos criada em 2002 que ajuda a transformar a indústria ao incentivar o desenvolvimento de padrões agrícolas sustentáveis. Por meio do ELO, programa da companhia que busca promover o desenvolvimento socioambiental dos fornecedores de cana em parceria com duas ONGs internacionalmente reconhecidas, Imaflora e Solidaridad, a empresa integrada de energia foi reconhecida por trabalhar com critérios alinhados ao FSA (Farm Sustainability Assessment ou Avaliação de Sustentabilidade da Fazenda). O reconhecimento valida internacionalmente o compromisso da companhia com um modelo de produção socialmente justo e ambientalmente correto.

A plataforma SAI (Sustainable Agriculture Initiative) desenvolveu o FSA como uma ferramenta construída em torno de um conjunto de requisitos que padroniza a avaliação dos produtores e permite que empresas avaliem, melhorem e validem a sustentabilidade em suas cadeias de fornecimento.

Buscando reforçar ainda mais uma gestão transparente de seus negócios e a garantir o alinhamento das condições contempladas no Programa ELO às certificações internacionais, a Raízen iniciou o processo de análise e adequação aos requisitos da FSA em abril de 2021. Tendo conquistado recentemente o reconhecimento do Programa ELO pela SAI Platform como equivalente ao sistema de qualificação Farm Sustainability Assessment 3.0 (sigla em inglês para Avaliação de Sustentabilidade da Fazenda) nível bronze, composto por 112 perguntas sobre proteção ambiental, gestão econômica e condições sociais para funcionários e comunidades locais. O que assegura a consistência do programa e seus critérios de avaliação, uma vez que eles estão em linha com os requisitos de referência internacionais orientados pela SAI.

Segundo Ricardo Berni, diretor de Negócios Agrícolas da Raízen, por meio do padrão internacional, a companhia busca estimular ainda mais hábitos socioambientais no cultivo e processamento da cana. “Entendemos que o reconhecimento de agentes externos é uma excelente forma de reforçar boas práticas já adotadas nas operações dos parceiros e dar visibilidade ao impacto positivo gerado no campo pelo Programa. Validações como essas engajam os produtores, levando-os a implementar medidas que garantam padrões de excelência em seus processos produtivos”, afirma.

Criado em 2014, o ELO estimula o planejamento estratégico das propriedades, garantindo, entre outras melhorias, o aperfeiçoamento contínuo dos produtores através de técnicas de gerenciamento, cultivo e respeito ao meio ambiente. Programa de adesão voluntária, a iniciativa conta com cerca de 2.000 mil fornecedores que aplicam as recomendações de melhorias conforme necessidades identificadas em visitas técnicas realizadas pela equipe de campo da Raízen, de acordo com a realidade de cada produção agrícola. Fruto da parceria da Raízen com a Fundação Solidaridad e o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola, o ELO possui, atualmente, adesão de 100% da cadeia de fornecimento e impacta mais de 2 mil produtores que contam com assistência técnica gratuita em sustentabilidade. Cada produtor tem seu técnico de confiança, que o apoia na adoção das melhores práticas de cultivo, impulsionando a produtividade com um menor uso dos recursos naturais e assegurando as melhores condições de trabalho a todos os envolvidos na produção.

O reconhecimento do ELO como equivalente FSA Bronze é uma importante conquista para o Programa que vem potencializando ações sociais, ambientais e econômicas de forma positiva em toda a cadeia produtiva da Raízen.

"Juntamente aos fornecedores de cana e organizações parceiras, a Raízen incentiva a busca por aprimoramento de produtividade, longevidade e rentabilidade das operações. Integramos os principais agentes da cadeia produtiva para estarmos à frente do mercado, com uma oferta de produtos fundamentais para os mais diversos segmentos. Mais do que isso, ao estabelecermos e incentivarmos indicadores e métodos focados em sustentabilidade, visamos a perenidade e o fortalecimento de parcerias estratégicas, das boas práticas e, sendo assim, do futuro dos negócios”, ressalta Berni.

Violaine Laurens, gerente de soluções digitais da Solidaridad reforça que “a conclusão do processo de benchmarking do ELO com o FSA é um passo muito importante no reconhecimento internacional do programa da Raízen como uma referência no setor sucroenergético. O ELO é o primeiro padrão para produtores de cana-de-açúcar criado por uma empresa a ser reconhecido como equivalente ao nível Bronze do FSA. É uma confirmação da robustez do programa, que entrará no seu oitavo ano em abril de 2022, e de sua relevância para impulsionar e apoiar a sustentabilidade da cadeia global de açúcar e etanol. Para os clientes e parceiros da Raízen, é também uma garantia que a atuação da companhia junto a seus fornecedores de matéria-prima está alinhada com os requisitos de sustentabilidade mais exigentes do mercado. Do nosso ponto de vista, esse benchmarking traz também um sinal positivo para os fornecedores da Raízen engajados no programa Elo, confirmando que seus esforços para adotar melhores práticas são reconhecidos e esperados pelo mercado”.

Já para Eduardo Trevisan, gerente de projetos do Imaflora, “o Programa ELO da Raízen é uma referência para todo setor sucroenergético pois, de forma pioneira, promove o monitoramento e desenvolvimento dos fornecedores de cana, sendo um programa inclusivo que trabalha com pequenos, médios e grandes produtores. O reconhecimento internacional obtido com a equivalência ao nível Bronze do Programa FSA/SAI reforça o papel do Programa ELO em motivar a mudança positiva na cadeia de suprimentos de cana de açúcar. E confirma o alinhamento do ELO com requisitos de sustentabilidade reconhecidos nacional e internacionalmente".

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