Ações no combate às mudanças climáticas globais são apresentadas pela Aprosoja-MT
A entidade participou do evento “Negócios Responsáveis EUA 2022, em Nova Iorque
Reconhecido hoje, globalmente, pela pesquisa de ponta em suporte à produção fabril e ao desenvolvimento de critérios de qualidade para vestimentas agrícolas, ou EPI, o Brasil já esteve no centro de um cenário controverso na área. Cerca de 18 anos atrás, nem sequer havia no País normas técnicas que ancorassem análises de qualidade e atestassem a segurança desses produtos, indispensáveis ao trabalho humano de aplicação de defensivos agrícolas ou agroquímicos.
O jogo começou a virar quando um grupo de companhias fabricantes de vestimentas agrícolas e o Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, se reuniram na ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas -, para tratar a fundo da questão normativa e, simultaneamente, da segurança atrelada aos EPI.
Surgiu logo a seguir, em 2006, o Programa IAC de Qualidade de Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura, conhecido como IAC-Quepia. A iniciativa tem por propósito investir na pesquisa agrícola para aprimorar a qualidade e a durabilidade dos EPI, além de reduzir a exposição do homem do campo a produtos químicos.
“O ‘Quepia’ foi um dos primeiros programas de parceria público-privada envolvendo pesquisa agrícola. Os resultados colhidos respaldam a relevância do modelo”, diz Hamilton Ramos, pesquisador e diretor do Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP. O programa funciona dentro da área do CEA, na paulista Jundiaí, financiado com recursos privados.
Coordenador do IAC-Quepia e de outras iniciativas que visam a tornar a atividade agrícola mais segura e sustentável, Ramos revela que as ações do Quepia ajudaram a reduzir as reprovações de vestimentas agrícolas protetivas brasileiras de 80%, em 2010, para menos de 20% nos dias de hoje.
“Trata-se de um ganho enorme. Fortaleceu a proteção do trabalhador rural e deu base técnica para que o Ministério de Trabalho, em 2009, extinguisse o Certificado de Aprovação (CA) por responsabilidade, obrigando a indústria a buscar certificações com base em normas da ISO – International Standartization Organization – para seus produtos.”
Conforme Ramos, a expectativa agora é a de contar com a certificação ISO 17025 (sistema de gestão) para o laboratório do programa. O centro de pesquisas, ressalta ele, está bem perto de integrar um grupo seleto de laboratórios aptos a realizar mais de 25 testes de certificação baseados em normas da ISO.
“Hoje o programa fornece o selo de qualidade IAC-Quepia às vestimentas protetivas de seus parceiros, uma vez aprovadas nas análises, e ajuda às empresas do agro e ao usuário de EPI a selecionar fornecedores qualificados.”
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