Programa completa 10 anos com 7 milhões de embalagens recolhidas

20.10.2010 | 21:59 (UTC -3)

Desenvolvido anualmente pelo SindiTabaco – Sindicato da Indústria do Tabaco na Região Sul do Brasil e empresas associadas, com a parceria da Afubra e o apoio do InpEV, o Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos iniciou suas atividades no ano 2000. Próximo de completar 10 anos, o programa pioneiro mostra bons resultados: foram sete milhões de embalagens recolhidas, 1,7 milhão somente no ciclo 2009/2010.

 

“Este é um investimento com o objetivo de preservar o meio-ambiente e, ainda, oferecer comodidade e segurança aos produtores de tabaco no manuseio destas embalagens. Os números demonstram a evolução do programa e da consciência ambiental dos produtores integrados de tabaco. O aumento no número de embalagens recebidas no ciclo de 2009 se deve ao incremento da divulgação do programa e, principalmente, da conscientização dos produtores em dar destinação correta às embalagens”, avalia o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke.

 

A primeira coleta do programa aconteceu em 23 de outubro de 2000, em Rio Pardinho, localidade de Santa Cruz do Sul, durante o piloto realizado no Vale do Rio Pardo e Taquari. Os pontos de coleta foram ano a ano aumentando e, atualmente, já são mais de 2,3 mil localidades. “Desta forma, é oportunizado a cerca de 150 mil produtores de tabaco de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, em quase 600 municípios, a destinação correta dos recipientes vazios de agrotóxicos, inclusive aqueles que tenham sido utilizados em outras culturas dentro das propriedades”, ressalta Schünke. No Paraná, iniciativas semelhantes realizadas pelas centrais locais são apoiadas pelas empresas associadas ao SindiTabaco.

 

O programa segue determinação do Artigo 53, do Decreto 4.074, de 04 de janeiro de 2002, sobre o qual os “usuários de agrotóxicos e afins devem efetuar a devolução das embalagens vazias e respectivas tampas aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos”. Os produtores que aderem ao programa e entregam as embalagens tríplices lavadas, recebem recibos - fundamentais para apresentação aos órgãos de fiscalização ambiental. De acordo com o Inpev, o material plástico proveniente das embalagens – em sua maioria, são itens utilizados na construção civil. Madeira plástica, embalagens para óleo combustível, conduítes para fiação elétrica, dutos corrugados e novas embalagens de agrotóxicos são alguns exemplos de aplicação das embalagens recicladas.

 

“É importante lembrar que os investimentos em pesquisas realizados pelas empresas tem tornado a lavoura de tabaco brasileira a cultura de interesse econômico que menos utiliza agrotóxico. Isso se chama responsabilidade ambiental e promove a sustentabilidade do negócio”, diz o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke. Sabe-se que o tabaco é atualmente a cultura que menos utiliza agrotóxico. De acordo com pesquisa realizada pela Faculdade de Engenharia Agrícola de Pelotas/RS (UFPEL), em abril de 2008, a cultura do tabaco utiliza 1,1 kg de ingrediente ativo por hectare. Em plantações de outras culturas, como a do tomate, por exemplo, o número sobe para 36 quilos por hectare.

 

Eliana Stülp

Andreoli MS&L

(51) 3713-1777

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