Professor da Amazônia apresenta características do mercado de açaí

28.09.2009 | 20:59 (UTC -3)

A fruticultura da Amazônia, especificamente, a do Estado do Pará vem ganhando espaço no mercado nacional e internacional, por meio do consumo da polpa do açaí, inicialmente no segmento esportivo, como energético potente utilizado nas academias.

Depois evoluiu para as lanchonetes e agora a polpa congelada e os /blends/ ganharam os supermercados nacionais e internacionais. É sobre os fundamentos do mercado da fruticultura paraense, determinado nos últimos anos pela produção e comercialização do açaí que o professor da Universidade Federal Rural da Amazônia, Antônio Cordeiro de Santana, vai abordar nesta terça-feira (29/09), às 9 horas, no auditório da Embrapa Instrumentação Agropecuária. De acordo com o professor, frutas como o cupuaçu, bacuri e o taperebá também estão em franca expansão, sendo as duas últimas oriundas totalmente do extrativismo.

“A demanda de açaí fruta pelas agroindústrias e “batedeiras” de açaí e de “polpa congelada” e ou de “vinho /in natura/” está evoluindo mais rápido do que a oferta. Em função disto, os preços, mesmo na safra, estão elevados”. Porém, o consumo local não caiu, segundo Santana, apesar da insatisfação com o preço elevado. Em Belém, o consumo /per capita/ foi estimado em 43 kg por habitante ao ano, superando o consumo de laticínios, carne bovina, cereais e farinha. O mercado internacional está induzindo nova dinâmica à produção de açaí, estimulando a entrada de empresas para produzir a fruta em sistemas irrigados. Essa pressão de demanda está transformando o extrativismo do açaí em um plantio, cujos resultados alguns são potencialmente conhecidos e outros não conhecidos, que envolvem a floresta de várzea e a sustentabilidade das populações ribeirinhas e que sobreviveram sempre à base do açaí, peixe e farinha.

O professor

Antônio Cordeiro de Santana é professor Associado IIa Universidade Federal Rural da Amazônia. Obteve mestrado em Economia Rural pela Universidade Federal do Ceará e doutorado em Economia Rural pela Universidade Federal de Viçosa. É professor de Economia Rural para os cursos de graduação, Economia Ambiental e Métodos Quantitativos para os cursos de pós-graduação. Orienta alunos da graduação e da pós-graduação. Coordena três projetos de pesquisa, revisa diversos periódicos científicos e é autor de alguns livros, capítulos de livros e artigos científicos publicados. Foi premiado com melhor tese de doutorado, melhor artigo científico pela SOBER e Honra ao Mérito pelos trabalhos na área do agronegócio na Amazônia.

Joana Silva

Embrapa Instrumentação Agropecuária

(16) 21072901 /

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