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O pinhão-manso, oleaginosa utilizada na produção de biocombustível, está na contramão das culturas que exigem muito trabalho dos produtores. Isto significa que, de seis a sete meses o produtor não terá trabalho com a lavoura, pois é o período em que a planta entra em dormência.
A exigência de pouca mão de obra possibilita que as mulheres trabalhem na colheita, por ser mais simples e também devido o peso da saca do grão ser mais leve, tornando com isso, uma cultura incentivadora da agricultura familiar. Segundo o diretor da Nòvabra Energia Pedro Burnier, no máximo duas pessoas já são o suficiente para o cultivo e a manutenção de cinco hectares de pinhão.
“Além disso, para os produtores das regiões norte e noroeste do Espírito Santo, que ainda não aderiram ao Programa de Fomento, o pinhão-manso também é bem vindo nestas áreas. O agricultor não precisa reduzir o seu plantio de outra cultura, como o café, por exemplo, porque o pinhão não vai concorrer com nenhuma outra cultura”, explica.
Vale destacar que 450 produtores já participam do Programa de Fomento e a meta da Nòvabra Energia é que esse número chegue a 5.000 participantes em 12 municípios da região norte e noroeste do Espírito Santo além do Norte de Minas.
Pedro ressalta que a API (empresa italiana que a Nòvabr faz parte), precisa de cinco vezes mais matéria-prima do que será produzida no Espírito Santo, e isto representa uma grande segurança para os produtores, pois terão a compra de toda sua safra garantida.
Burnier disse ainda que a produção do pinhão-manso se torna rentável a partir de dois hectares. “Um produtor sozinho dá conta de trabalhar, semear e manter uma área de cinco hectares e vai ter uma renda de R$ 12 mil”.
A cultura do pinhão-manso é a grande oportunidade que os agricultores têm para utilizarem as terras que estão ociosas ou improdutivas em suas propriedades, pois a oleaginosa se adapta a qualquer terreno.
Mary Martins
Mile4 Assessoria de Comunicação
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