Produtores intensificam a colheita da cana-de-açúcar no RS

23.07.2010 | 20:59 (UTC -3)

Nos cerca de 9 mil hectares plantados na região da Fronteira Noroeste do Rio Grande do Sul, o desenvolvimento do canavial é normal, com a cultura apresentando bom porte e boa sanidade. Segundo o Informativo Conjuntural elaborado pela Emater/RS-Ascar, foi intensificada a colheita da cana-de-açúcar, principalmente para a produção de melado e açúcar mascavo. A cultura que ainda está nas lavouras sofreu danos com a geada.

A colheita para beneficiamento na usina de álcool de Porto Xavier está em andamento, tendo sido colhida cerca de 8% da área até o momento. Nos vales do Taquari e Rio Pardo, a cultura está entrando no período de corte, e a quantidade de açúcar está abaixo do esperado, em decorrência de muitos dias sem sol.

As lavouras de trigo têm um bom desenvolvimento e não apresentam problemas de ordem sanitária. As baixas temperaturas e a formação de geadas, ocorridas recentemente, mostraram-se positivas para o cereal, aumentando o número de perfilhos das plantas. A maior parte das lavouras está na fase de desenvolvimento vegetativo (96% do total plantado), com os produtores aplicando nitrogênio em cobertura, quando a condição de manejo do solo assim o permite. Poucas lavouras, daquelas que se encontra em fase de germinação (4% do total), sofreram algum tipo de erosão devido às pesadas chuvas. Isso porque a maioria delas foi implantada no sistema de plantio direto e se encontra em boas condições.

O frio intenso, a ocorrência de geadas, as chuvas acentuadas e a baixa luminosidade, iniciados a partir do dia 16, foram desfavoráveis para o desenvolvimento das culturas folhosas. As baixas temperaturas causaram a diminuição do desenvolvimento das culturas. Já a lavoura do alho na região Serrana encontra-se com bom desenvolvendo, beneficiada pelas baixas temperaturas. As fortes chuvas não trouxeram maiores problemas, exceto alguma erosão em lavouras implantadas em áreas mais declivosas.

Intensificam-se as práticas de inverno da cultura do pêssego na Serra Gaúcha, com o tratamento com caldas, em decorrência do frio, e também a poda seca. Além disso, iniciaram-se os tratamentos fúngicos para o controle de doenças na flor, nas variedades mais precoces e em locais mais quentes. As geadas da última semana afetaram alguns pomares florescidos de forma antecipada, podendo influenciar em seu rendimento futuro.

Aline Menuzzi e Joana Pretto Cavinatto (estagiárias)

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

acessar grupo whatsapp
Agritechnica 2025