Produtores de pêssego negociam linha de crédito com Banco do Brasil

04.07.2011 | 20:59 (UTC -3)
Vinicius Peraça

Produtores de pêssego e representantes de cooperativas de Pelotas e região reuniram-se na manhã segunda-feira (4) com a superintendência regional do Banco do Brasil (BB) para discutir a proposta de adesão à Linha Crédito Especial à Comercialização (LEC).

Através desta operação, fruticultores e cooperativas poderiam acessar créditos de até R$ 600 mil por CPF/CNPJ para pagamento do custeio junto ao banco em até cinco parcelas. Com isso, diminuiria a pressão sob os produtores, que atualmente precisam quitar toda a dívida em parcela única em até 30 dias após a colheita. Através da LEC, os agricultores converteriam o pêssego in natura em latas industrializadas como garantia bancária do pagamento das parcelas.

Para o deputado federal Fernando Marroni (PT), que juntamente com a deputada estadual Miriam Marroni (PT) e o vereador Diaroni Santos (PT), intermediou o encontro, o financiamento através da LEC é um passo importante para estabelecer um avanço na cadeia produtiva de pêssego. “É uma forma de o agricultor poder quitar imediatamente seu custeio e optar por vender o produto industrializado no momento em que achar melhor, podendo ampliar seu lucro”, explica Marroni.

De acordo com o superintendente regional do BB, Carlos Alberto Rhoden, é necessária uma grande participação dos produtores para que haja maior valorização da safra. “É preciso que pelo menos metade dos fruticultores contratem a LEC para que a cadeia produtiva tenha capital de giro e não precise mais usar todos os recursos obtidos com a safra de uma só vez”, explica.

Ao contrário dos Empréstimos do Governo Federal (EGF), onde é necessária uma portaria da União estabelecendo preço mínimo para a fruta, os valores de referência para LEC na negociação da safra serão arbitrados pelo próprio Banco do Brasil conforme o mercado.

“É uma alternativa interessante aos produtores, que agora irão conversar para buscar um maior entendimento do processo”, aponta Ellemar Wojahn, assessor do CAPA e representante da Cooperativa da Agricultura Familiar (Caf-Sul).

Na semana passada uma operação semelhante através da LEC no valor de R$ 300 mil já havia sido concretizada com uma indústria da região.

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