Embrapa Agroenergia articula parcerias internacionais
A fruticultura é atividade agrícola de maior importância econômica para a região da Serra. No Rural Show 2012, que acontece até domingo (1º), no Centro de Eventos de Nova Petrópolis, técnicos da Emater/RS-Ascar estão mostrando para os produtores as tecnologias utilizadas no controle e no monitoramento de pragas que comprometem a produção. “São alternativas para diminuir o uso de agroquímicos, o custo de produção, as perdas e o impacto ambiental”, explica o agrônomo da Emater/RS-Ascar de Bento Gonçalves, Gilberto Salvador.
A mosca da fruta é o principal inseto que ataca os pessegueiros, sendo comum também nos pomares de maracujá, goiaba, maçã e nectarina. A praga coloca seus ovos nas frutas e as larvas desenvolvem-se, tornando-se uma porta de entrada para doenças e causando a perda total da fruta. Para monitorar essa praga, existe uma armadilha com proteína hidrolisada, um alimento para atrair a mosca. “Como o inseto só voa para cima, ele fica preso e morre. Uma mosca na armadilha já é o indicativo de que tem que ser feito o controle”, destaca o agrônomo. Isso é feito com inseticidas permitidos pela Anvisa: produtos naturais, se for produção orgânica, e sintéticos, se for convencional. O agrônomo Salvador lembra ainda que alguns agricultores utilizam vinagre ou suco da fruta em vez da proteína hidrolisada. “Mas nesse caso também são atraídos outros insetos. O uso da proteína hidrolisada permite um controle mais seletivo”, afirma.
Outro método utilizado no manejo e controle da grafolita ou mariposa-oriental em pomares de pêssego, maçã, pera e ameixa, é o uso de feromônio sexual sintético, que é equivalente ao odor natural liberado pelas fêmeas no ambiente para atração dos machos para acasalamento. Quando espalhado no pomar (em armadilhas, cápsulas ou pasta), os machos confundem-se, gastam energia procurando as fêmeas para o acasalamento e acabam morrendo. Assim, não há ovos e a praga não prolifera.
No pessegueiro, os danos causados pela mariposa-oriental são observados tanto nas brotações (ponteiros) como nos frutos, que ficam imprestáveis para o comércio. O uso do feromônio no monitoramento e no controle da praga busca evitar que os produtores façam aplicações de inseticidas fosforados e piretroides preventivamente ou quando a grafolita já causou danos, pois eles também eliminam os inimigos naturais das pragas.
No local, os agricultores podem conferir, ainda, uma armadilha luminosa para controle da broca da figueira. A mariposa noturna é atraída pela luz ultravioleta, batendo na lâmpada e caindo dentro de um recipiente com água (ou água e sabão). A captura da broca evita que ela coloque os ovos na ponta da planta e eles se desenvolvam dentro do broto, interrompendo o crescimento da frutífera e impedindo a produção de figo.
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