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Está sendo comercializado no mercado brasileiro e já foi apresentado na matriz de multinacional nos Estados Unidos produto agrícola de tecnologia antiestresse hídrico em soja, desenvolvido na Unoeste, no Centro de Estudo de Ecofisiologia Vegetal do Oeste Paulista (Cevop). Devido cláusula contratual de confidencialidade, é mantido sigilo sobre a empresa, os estudos e detalhes do resultado alcançado; conforme a pesquisadora responsável pelo Cevop, Dra. Adriana Lima Moro, para quem o grande feito é o de terem desenvolvido o primeiro produto agrícola de inovação tecnológica que está chegando ao agricultor e impactando na sociedade.
Foram cinco anos de pesquisa científica para chegar ao produto à base de moléculas para atenuar a falta de água no cultivo de soja em regiões de altas temperaturas. A parceria com a multinacional contribuiu com as compras de equipamentos e ajuda com bolsas para estudantes de mestrado e doutorados terem condições de desenvolverem os seus estudos, além da inserção em iniciação científica de quem faz cursos de graduação nas áreas de ciências agrárias e biológicas. Acordo nos mesmos moldes de agências de fomento, tais como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O trabalho foi iniciado tendo à frente do Cevop o Dr. Gustavo Maia Souza, que foi para a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande o Sul. A Dra. Adriana assumiu o comando e deu continuidade ao trabalho realizado em equipe, contando com a colaboração de Gustavo, em caráter interinstitucional. “A importância disso tudo é a de que estamos desenvolvendo a ciência básica com uso de inovação tecnológica levada ao agricultor, beneficiando a sociedade e usando moléculas que, por serem naturais, não agridem o meio ambiente e nem as pessoas. Além do que, é o reconhecimento da nossa pesquisa totalmente aplicada e com alto resultado no agronegócio”, comenta Adriana.
Outro apontamento como sendo fator importante, é o da multinacional reconhecer a qualidade da pesquisa desenvolvida na Unoeste, sendo que empresas desse nível geralmente trabalham com pesquisas de seu país de origem. O fomento empresarial à produção científica representa investimentos em equipamentos e a oportunidade de avançar nos estudos para quem não conseguiria se não tivesse ajuda de custo. Além do que, neste caso os royalties gerados com a venda do produto representam benefícios para novos estudantes e na ampliação da estrutura para a continuidade de produção científica em ecofisiologia vegetal.
O parque tecnológico para análises fisiológicas do Cevop conta com medidores de fotossíntese, de potencial de água na planta, de florescência da clorofila e de área foliar; câmaras de teste de germinação e de crescimento; e duas casas de vegetação, dentre outros, todos importados dos Estados Unidos e da Alemanha. Mesmo em tempos de pandemia as pesquisas não foram interrompidas, com as atividades seguindo os protocolos sanitários. Atualmente, são três professores pesquisadores vinculados ao Cevop, instalado no campus II da Unoeste. Além de Adriana, estão a Dra. Ana Cláudia Pacheco dos Santos e o Dr. Hilton Fabrício Vitolo.
Pela pós-graduação estão envolvidos seis estudantes, sendo quatro de mestrado, uma de doutorado e uma de pós-doutorado em Agronomia. Na iniciação científica são cinco da graduação: três de Agronomia e dois de Ciências Biológicas. Conforme Adriana, seis grandes pesquisas estão em andamento e são relacionadas às culturas do milho, soja, algodão e braquiária; algumas com o envolvimento de outros pesquisadores. As linhas de pesquisas são sobre mitigação de estresses abióticos; estudos fisiológicos de mecanismos C3 e C4; biomoléculas e ácidos orgânicos como elicitores em plantas cultivadas e medicinais; incluindo tecnologia de plantas medicinais.
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