Produtividade em soja será fundamental na próxima safra

Durante o NutriExperts, da ICL, André Pessoa explicou a necessidade de os agricultores concentrarem esforços na produtividade das lavouras

14.06.2023 | 14:02 (UTC -3)
Cultivar
Robson Mauri, diretor de portfólio e serviços da ICL; André Pessôa, Agroconsult; Ithamar Prada, vice-presidente de marketing e inovação da ICL; e Gustavo Vasques, CEO da ICL na América do Sul - Foto: Beto Oliveira, divulgação
Robson Mauri, diretor de portfólio e serviços da ICL; André Pessôa, Agroconsult; Ithamar Prada, vice-presidente de marketing e inovação da ICL; e Gustavo Vasques, CEO da ICL na América do Sul - Foto: Beto Oliveira, divulgação

Em palestra na 11ª edição do NutriExperts, evento promovido pela ICL, André Pessôa, da Agroconsult, apontou que haverá aumento de área plantada com soja em 2023. E a previsão de El Niño, se confirmada, deve resultar em aumento da produtividade no Sul do Brasil e na Argentina. Esse cenário, aliado a problemas logísticos e comercialização atrasada, gera desafios para quem tem baixa ou média produtividade.

Na safra 22/23, salvo pelos problemas decorrentes de seca no Rio Grande do Sul, a produção foi considerada muito boa no Brasil. Pessôa conta que em 6% dos talhões analisados por sua equipe em diversas regiões do país houve produtividades superiores a 100 sacas por hectare (sc/ha). E em 9% deles, o número ficou entre 90 e 100 sc/ha. Mas a média no Brasil varia de 50 a 70 sc/ha.

Consequência disso, explica, é que "ficar na média em anos excepcionais é confortável". Mas em anos desafiadores, como serão os próximos dois, será desconfortável. A única saída, o que o produtor individualmente pode fazer, é aumentar a produtividade. E existe tecnologia para isso. Está disponível em todas as regiões e para todos os produtores.

Por que os próximos anos serão desafiadores? Porque haverá aumento de oferta; existem poucas vendas antecipadas até o momento; e seguem ocorrendo muitos prêmios negativos nos portos brasileiros. Sobre o primeiro ponto, só a Argentina deverá colocar no mercado mundial mais 30 milhões toneladas de soja. E o Brasil possivelmente ofertará mais 10 milhões; Estados Unidos e outros países, mais 10 milhões. Nesse cenário, a expectativa do analista é que a soja em março de 2024, em Chicago, esteja com valor ao redor de US$ 12 por bushel.

Sobre a ICL

A ICL, sediada em Tel Aviv, Israel, é empresa global de minerais e produtos químicos especializados que opera cadeias de valor de minerais de potássio, bromo e fosfato.

Conforme Gustavo Vasques, CEO para empresa na América do Sul, trata-se de uma das poucas companhias realmente globais. Isso porque possui 38 fábricas, em 13 países; 23 centros de pesquisa e desenvolvimento em todo o mundo; e mais de 770 patentes.

Atualmente, concentra-se em cinco frente de inovação: próxima geração de fertilizantes; sustentabilidade; tecnologia de alimentos; agricultura digital; e novas tecnologias.

Sobre o NutriExperts

Promovido pela ICL, a 11ª edição do NutriExperts, evento fechado, voltado a consultores agronômicos de todo o País e da América do Sul, que acontece em 14 e 15 de junho, apresenta renomados palestrantes discutindo conceitos e tecnologias para a agricultura, principalmente no que se refere à fisiologia e nutrição de plantas.

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