Produção de laranjas é reestimada em 286,14 milhões de caixas

A reestimativa foi feita com base no monitoramento mensal de 900 talhões de laranja, distribuídos por todas as regiões do parque citrícola

10.12.2015 | 21:59 (UTC -3)
Fabiana Assis

A segunda reestimativa da safra de laranja 2015/16 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro feita pelo Fundecitrus indica uma safra de 286,14 milhões de caixas, de 40,8 kg, que representa um aumento de 2,6% em relação à primeira estimativa publicada em 10 de maio de 2015 que foi de 278,99 milhões de caixas.

A reestimativa foi feita com base no monitoramento mensal de 900 talhões de laranja, distribuídos por todas as regiões do parque citrícola, e dados da indústria de suco sobre tamanho médio dos frutos processados.

O aumento apurado se deve justamente ao tamanho dos frutos, que estão maiores do que o previsto. Por consequência, são necessários menos frutos para atingir o peso de 40,8 kg de uma caixa. Em novembro, foram necessários 237 frutos para encher uma caixa de laranja, oito frutos a menos do que seriam necessários na estimativa de maio que previu 245 frutos.

As exceções foram percebidas nas variedades Hamlin, Westin e Rubi que apresentaram tamanho médio de processamento de 276 frutos/caixa, demandando seis frutos a mais para completar uma caixa de 40,8 kg do que originalmente havia sido previsto (270 frutos/caixa). As outras precoces foram reestimadas em 237 frutos/caixa (8 frutos a menos), Pera Rio em 232 frutos/caixa (22 frutos a menos), Valência e Valência Folha Murcha em 220 frutos/caixa (9 frutos a menos) e Natal em 225 frutos/caixa (5 frutos a menos).

Atribui-se este crescimento principalmente ao elevado volume de chuvas. O acumulado em 2015, no cinturão citrícola – considerando as chuvas esperadas para dezembro –, é de 212 mm a mais do que a média registrada entre 2010 e 2014, o equivalente a um acréscimo de 38%. Destaca-se também o número menor de frutos/árvore em relação às safras anteriores.

A taxa de queda, estimada em maio em 17% foi corrigida para 17,65%. Nas variedades Hamlin, Westin e Rubi a queda é de 12,12%, pouco acima dos 11% estimados em maio. Para as outras precoces, a revisão foi de 11,91%, contra 11% previsto. A reestimativa de queda da Pera Rio foi de 15,73%, contra 17% projetada inicialmente. Valência e Valência Folha Murcha tiveram queda de 23% e Natal em 19,50%.

Estes valores superiores ao previsto ocorre principalmente em função da colheita tardia devido às chuvas. Até novembro foram colhidos 72% da safra, sendo que o percentual de talhões colhidos das variedades Hamlin, Westin e Rubi é de 98%, das outras precoces de 82%, da Pera Rio 83%, da Valência e da Valência Folha Murcha 56% e da Natal 52%.

O censo da citricultura e a estimativa da safra de laranja 2015/16 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro são feitos em parceria com a Markestrat, Faculdade de Economia e Administração da USP de Ribeirão Preto (FEA-RP/USP) e Departamento de Estatística da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp de Jaboticabal (FCAV/Unesp). A primeira reestimativa, feita em 10 de setembro manteve os números iniciais de maio. A próxima reestimativa será em 10 de fevereiro.

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