Primavera seguirá contando com a presença da La Niña na Serra Gaúcha

Com as condições previstas para o trimestre outubro-novembro-dezembro, espera-se uma menor intensidade no ataque do míldio da videira, mas o viticultor deve ficar atento

08.11.2022 | 14:54 (UTC -3)
Embrapa
Com as condições previstas para o trimestre outubro-novembro-dezembro, espera-se uma menor intensidade no ataque do míldio da videira, mas o viticultor deve ficar atento; Foto: Viviane Zanella
Com as condições previstas para o trimestre outubro-novembro-dezembro, espera-se uma menor intensidade no ataque do míldio da videira, mas o viticultor deve ficar atento; Foto: Viviane Zanella

“A redução nas temperaturas mínimas do ar seguido pela diminuição no volume das chuvas são as principais influências que o fenômeno La Niña trará para os produtores gaúchos, pela terceira primavera consecutiva”, pontua a pesquisadora Amanda Heemann Junges, do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), na nova edição do Boletim Agrometeorológico da Serra Gaúcha. A publicação é elaborada por pesquisadores da Secretaria da Agricultura e da Embrapa Uva e Vinho e apresenta uma avaliação das condições meteorológicas de agosto e setembro, o prognóstico climático até o mês de dezembro e as recomendações para os viticultores da Serra Gaúcha. 

“Com prognóstico de chuvas abaixo da média, a falta de água poderá atrapalhar a safra. Se possível, o ideal é colocar irrigação ou investir em manejo, como a cobertura do solo, que irá auxiliar na manutenção da umidade”, destaca o pesquisador  Henrique Pessoa dos Santos, da Embrapa Uva e Vinho.  Ele também chama a atenção para redobrar  os cuidados em vinhedos que sofreram danos por congelamento, em função das geadas tardias. “É importante acompanhar e fazer os manejos necessários para minimizar as perdas”, alerta.

Com as condições previstas para o trimestre outubro-novembro-dezembro, espera-se uma menor intensidade no ataque do míldio da videira, mas o viticultor deve ficar atento, especialmente nos locais de baixada e próximos a matas, onde há maior probabilidade de ocorrência de orvalho. “Nossa recomendação é que sejam aplicados os fungicidas com ação de profundidade para o controle do míldio e atenção redobrada para o aparecimento do oídio nas cultivares híbridas e viníferas, que deve ser tratado desde o início”, destaca o pesquisador  da Embrapa, Lucas  da Ressurreição Garrido.

Acesse o Boletim clicando aqui.

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