Presidente do Irga participa de missão do governo na Nigéria

27.05.2013 | 20:59 (UTC -3)
Assessoria de Imprensa do Irga

O presidente do Irga, Claudio Pereira, embarcou neste domingo (26) para a Nigéria, na África, integrando uma missão do governo do Estado liderada pelo secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi. Mais de 30 pessoas acompanham a missão que tem duração de uma semana.

A Nigéria, hoje, é um dos principais destinos das exportações de arroz, o Brasil enviou ao país, em 2012, 316 mil toneladas do grão. Para Pereira, um dos objetivos da participação do Irga na missão é propor intercâmbio técnico e uma missão específica levando produtores de arroz e indústria do arroz, no segundo semestre deste ano.

Claudio Pereira afirma que esta é uma oportunidade que vem ao encontro da proposta do governo de promover o Estado e que, dentro desta visão, o setor arrozeiro tem recebido atenção especial. “A partir dos contatos comerciais que faremos, expandem-se as perspectivas de ampliação de mercado para os produtos gaúchos, porém temos que lembrar que as relações com a Nigéria devem incentivar a cooperação entre os povos e o mais importante auxiliar na soberania nacional do país”, ressalta.

O embaixador da Nigéria no Brasil, Vincent Okoedion, em uma visita a autarquia, destacou as peculiaridades entre o Brasil e o país africano como o clima e solos parecidos. “O trabalho desenvolvido pelo Irga serve de inspiração para o país, já que estamos aprendendo a desenvolver a rizicultura”, afirmou. A Nigéria possui 167 milhões de habitantes e o arroz é um dos cereais mais consumidos pela população. O embaixador lembra que a demanda pelo cereal é muito grande e mesmo que a lavoura arrozeira se desenvolva no país ainda será necessário continuar importando o grão.

Apenas 35% do potencial agrícola da Nigéria é utilizado. A ampliação é projeto do governo nigeriano e o modelo a ser seguido pode ser o brasileiro, principalmente pelo exemplo da Embrapa. Com essa perspectiva, diz Mainardi, os governos Federal e do Estado têm papel fundamental na cooperação agrícola e tecnológica. “As áreas envolvidas permitem que o Rio Grande do Sul seja o protagonista neste relacionamento, pois a experiência do estado nas áreas relacionadas no protocolo de cooperação é reconhecida nacionalmente”.

A produção de arroz, milho, frutas, hortaliças, maquinário, processamento, mas também na pesca, pecuária e na armazenagem podem auxiliar o país africano a resolver seus problemas sócio-econômicos e aproximar ainda mais o Brasil dos vizinhos do Atlântico Sul, ressalta o doutor em relações internacionais: “O Rio Grande do Sul esteve na vanguarda da política externa quando o Mercosul estava em franco crescimento; sua estagnação, porém, trouxe um distanciamento do estado das relações internacionais do país. Entretanto, a perspectiva de cooperação e de ampliação das relações com os países africanos, que serão os que concentrarão o crescimento econômico de longo prazo, pode colocar o estado novamente na agenda externa do Brasil”, avalia Mainardi.

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