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O prêmio pago pela soja não-transgênica, segundo o diretor técnico da Associação Brasileira de Produtores de Grãos Não-Geneticamente Modificados (Abrange), Ivan Paghi, está entre R$ 1,60 e R$ 2,00 por saca. O valor já foi melhor, mas com a crise na Europa, mercado que consome a soja convencional, houve uma redução. Mesmo assim, é um mercado especializado caminhando para se tornar um nicho, e é essa oportunidade que os produtores devem aproveitar.
Paghi garante que existe o repasse ao produtor desse prêmio e se alguém não está recebendo, ou é por falta de informação, ou falta de estabelecer esse relacionamento com as tradings. Conforme ele, quem estiver nessa situação deve procurar a Abrange para ver quais são as empresas que estão pagando o prêmio.
Mas, Paghi diz também que nem todos os produtores vão receber por isso. Vários fatores influenciam no processo, como o volume de soja produzido, a existência de estrutura para exportar de forma segregada, a certificação que prova a autenticidade da soja convencional, por exemplo.
De qualquer forma, o diretor da Abrange lembra que em estados como Paraná, Goiás e Mato Grosso as indústrias que estão nesse mercado de soja não-transgênica estão procurando agricultores, fazendo contratos e sinalizando o prêmio.
Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Glauber Silveira, nesse processo de garantir e até aumentar a produção de soja convencional o maior beneficiado será o país. “Em cinco ou seis anos seremos o maior produtor de soja do mundo. É a proteína mais barata que existe e o objetivo da Aprosoja é que o governo brasileiro olhe para a Embrapa, porque ela é nossa, e queremos ter a segurança de que pelo menos parte do que está sendo plantado é nosso, e não só de multinacionais”.
Valéria Carvalho
Mato Grosso em Foco
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