Preços ao produtor têm ligeira queda de 0,07%

O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que mensura os preços pagos ao produtor, apresentou ligeira queda de 0,07% na primeira quadrissemana de janeiro.

A informação é do Instituto de Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado (IEA).

Isso ocorreu devido ao recuo de 0,84% do índice de produtos de origem vegetal, já que o índice de produtos de origem animal subiu 1,83%. Com a exclusão da cana-de-açúcar do cálculo, o índice geral caiu 1,95% e o índice de produtos vegetais despencou 5,54%.

As quedas mais relevantes ocorreram nos preços do tomate para mesa (34,29%), da batata (31,97%), da banana nanica (29,64%), do feijão (16,81%), do amendoim (9,91%) e dos leites tipo C e B (5,26% e 4,27%, na ordem). "A recuperação da produção do tomate e da batata proporciona o retorno de seus preços a níveis mais compatíveis com seus padrões normais de variação sazonal", dizem os pesquisadores Eder Pinatti, José Alberto Ângelo, José Sidnei Gonçalves e Luis Henrique Perez.

Já a primavera quente e excepcionalmente úmida favoreceu a formação dos cachos de banana, explicam os analistas do IEA, o que levou ao aumento da oferta do produto "em período de maior entrada de frutas no mercado, com grande concorrência entre elas e conseqüente redução de preços, aliado ao menor consumo devido ao início das férias escolares."

No caso do leite, a entrada no período de safra acarretou redução nos preços devido à melhoria das pastagens, isto é, mais alimento para os animais, cuja conseqüência é o aumento da produção.

Os aumentos mais expressivos foram observados nos preços dos ovos (16,23%), carne suína (7,67%), algodão (4,82%), laranja para indústria (4,51%) e carne de frango (4,10%). Os preços das carnes (suína e frango), assim como os dos ovos, iniciaram reação de alta, em função de aquecimento da demanda de final de ano, depois de atingirem uma das cotações mais baixas dos últimos meses. Destes, apenas os preços do frango atingiram níveis compatíveis com os do mesmo período dos anos anteriores, dizem os técnicos do IEA.

No caso das laranjas (indústria e mesa), a entrada do verão elevou o consumo de sucos, o que gerou impacto nas cotações no sentido da recuperação, concluem os pesquisadores.

Confira a íntegra da análise em

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Texto: Assessoria de Comunicação da Apta)

Divulgação: Assessoria de Comunicação da Secretaria -