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O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR), que mede os preços pagos ao produtor rural, subiu 1,55% em janeiro, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Foi puxado pelo índice de preços dos produtos de origem vegetal que aumentou 3,51%, já que o índice de preços dos produtos de origem animal caiu 3,32%.
Dos produtos pesquisados, nove apresentaram alta nos preços (todos de origem vegetal), enquanto 10 produtos tiveram queda (quatro de origem vegetal e seis de origem animal). Foram a redução no ritmo de aumento nos preços do tomate e a queda nos preços dos produtos animais que permitiram o recuo do índice geral de 1,73% na quadrissemana anterior para os atuais 1,55%, dizem os pesquisadores Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti, José Alberto Angelo e José Sidnei Gonçalves.
As altas mais expressivas ocorreram nos preços do tomate (49,96%); do café (11,46%); da laranja para mesa (9,28%) e da batata (7,91%). A elevação nos preços do tomate deveu-se às chuvas continuadas que geraram perdas de colheita, com impacto conjuntural no abastecimento do produto numa situação de demanda aquecida e safra menor.
Os preços do café aumentaram devido às pressões da demanda internacional e doméstica e aos menores estoques, que atingiram os níveis mais elevados dos últimos anos, dizem os analistas do IEA. Acrescente-se que a redução da safra, em especial colombiana, abre espaço para vendas de café brasileiro de qualidade superior, como o café paulista.
Por sua vez, os preços da laranja de mesa refletem o impacto da demanda típica do verão sobre o consumo de sucos naturais, numa conjuntura de oferta já dada. De outro lado, há o efeito das chuvas dos últimos dias que dificultaram a colheita e o transporte, observam os pesquisadores.
No caso da batata, de condição de oferta favorável e em volumes expressivos, passou-se à crescente precificação da escassez relativa, analisam os técnicos do IEA. Verifica-se reversão da tendência de queda, com início do ciclo de alta dos preços.
As quedas mais significativas foram observadas nos preços da banana (13,50%); da carne suína (9,99%); do arroz (8,05) e do amendoim (7,66%).
Período de um ano
O período janeiro de 2010 a janeiro último aponta crescimento persistente nos preços, embora os produtos animais revelem reversão da tendência com queda no último mês, afirmam os pesquisadores do IEA. "Os produtos vegetais tiveram os comportamentos altistas mais exacerbados, tendo se mostrado com ritmo de elevação significativo até março, queda em abril e nova alta até maio após terem mostrado pequeno recuo até julho, desde quando retomam a escalada ascendente. Os produtos animais apresentaram persistente trajetória de aumento, embora em ritmo mais lento, durante todo o ano de 2010, caindo em janeiro de 2011."
No acumulado do período, os três índices apresentaram variações positivas, ou seja, no índice geral, de 36,94%; no índice de produtos vegetais, de 39,93%; e no índice de produtos animais, de 27,85%. A explicação para a elevação de preços agropecuários no período não pode ser atribuída à menor eficiência setorial, na visão dos pesquisadores.
Entre as explicações, eles citam, do lado da oferta, o fato de que 2009 foi um ano de preços demasiadamente baixos, os menores dos últimos anos, para produtos relevantes na composição dos índices, como é o caso das laranjas. Já do lado da demanda os preços agropecuários vem mostrando firme tendência de aumento desde setembro de 2009, movimento este acirrado após janeiro de 2010.
Nos doze meses, os preços das laranjas, por exemplo, apresentaram significativa recuperação, ou seja, laranja para indústria, 98,35%, e laranja para consumo in natura, 123,50%.
"De qualquer maneira, para muitos produtos a conjuntura de janeiro de 2011 mostra a formação de expectativas que indicam quedas de preços, iniciando o processo de reversão das altas de 2010, em função da entrada da safra de produtos vegetais em curso e da maior oferta de produtos animais (carnes, ovos e leite) que reduziu todos os preços das proteínas animais no último mês de janeiro", concluem os pesquisadores do IEA. (Elaborado pela Assessoria de Comunicação da APTA).
A íntegra da análise está disponível em www.iea.sp.gov.br.
Euzi Dognani
Assessoria de Comunicação da Secretaria
(11) 5067-0069
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