PR Safra 2024/25: plantio da cevada deve ser concluído em julho

Com ritmo acelerado e condições climáticas favoráveis, a semeadura alcançou 90% da área total na última semana

10.07.2025 | 17:18 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações do Deral
Foto: Jaelson Lucas
Foto: Jaelson Lucas

O plantio da cevada avançou 13 pontos percentuais na primeira semana de julho e já cobre 90% da área estimada no Paraná, conforme indica o boletim conjuntural divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral). O ritmo acelerado deve continuar nas próximas semanas, impulsionado pela boa disponibilidade de água no solo e pela previsão de tempo firme.

Segundo o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Winckler Godinho, coordenador da Divisão de Conjuntura do Deral, a semeadura deve ser concluída ainda neste mês, com lavouras estabelecidas em condições muito favoráveis para o ciclo da cultura.

Apesar dos desafios com a umidade excessiva e a baixa radiação solar, fatores que favorecem o aparecimento de doenças, os danos provocados pelas geadas foram pontuais e não comprometem, até o momento, o desempenho geral da cultura. O boletim aponta que cerca de 90% da área semeada está em boas condições, 10% em situação mediana e um percentual mínimo em condições ruins.

Produção deve crescer 43% em relação a 2024

A expectativa é de forte recuperação na produção estadual. Para 2025, a estimativa é de 423 mil toneladas de cevada, volume 43% maior que as 296 mil toneladas colhidas em 2024. Esse crescimento decorre, principalmente, da ampliação de 20% na área cultivada, que deve alcançar 96,9 mil hectares ao final da semeadura - ante os 80,5 mil hectares da safra anterior.

De acordo com Godinho, além da expansão da área, é fundamental que a produtividade se mantenha em níveis adequados para garantir esse salto na produção. No ano passado, a média estadual foi de 3,7 toneladas por hectare, abaixo do potencial devido à seca que atingiu os Campos Gerais. Para 2025, a projeção é de produtividade média de 4,4 t/ha, desde que não haja interferência de eventos climáticos adversos, como estiagens, geadas tardias ou chuvas excessivas durante a colheita.

A colheita, que tem se tornado cada vez mais precoce, com operações pontuais já em agosto, deve ganhar intensidade a partir de outubro no estado.

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