Nezara viridula revela especialização intestinal ao se alimentar de milho
Pesquisa revela mecanismos moleculares do percevejo-verde, oferecendo alvos para controle
As chuvas registradas no Paraná entre os dias 10 e 16 de junho trouxeram impactos variados para as principais culturas do estado, conforme aponta o Boletim de Tempo e Cultivo divulgado nesta terça-feira (17) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
O excesso de umidade atrasou o plantio da cevada, que atingiu apenas 56% da área prevista nas principais regiões produtoras. Nas lavouras mais adiantadas, os produtores já realizam o controle de pragas e doenças. Outro desafio enfrentado é a falta de luminosidade, que tem causado estiolamento das plantas.
Por outro lado, o cenário para o trigo é mais favorável. As chuvas recentes favoreceram a finalização da semeadura e as lavouras seguem, em sua maioria, em fase de desenvolvimento vegetativo. A condição geral é considerada boa, com baixa incidência de pragas e doenças. No entanto, a redução na área cultivada, já prevista anteriormente, vem se confirmando no estado.
A colheita do café permanece lenta na maioria das regiões, devido à combinação entre chuvas e alta umidade, que também tem dificultado os trabalhos de secagem nos terreiros. Apesar disso, alguns produtores relatam bons rendimentos e parte significativa da produção já foi comercializada.
Situação semelhante é observada na colheita do milho 2ª safra, também prejudicada pelas condições climáticas. Enquanto algumas regiões sofreram com estiagens anteriores, o que reduziu a produtividade, outras têm apresentado bom desempenho, especialmente nas áreas que estão em enchimento de grãos e se beneficiaram das chuvas mais recentes.
A colheita do feijão 2ª safra avançou para 89% da área, mas o excesso de umidade também tem dificultado os trabalhos. Além disso, os produtores demonstram preocupação com a queda nos preços, que seguem abaixo do esperado devido à alta oferta.
Para o arroz irrigado, a colheita foi concluída, com produtividade dentro do esperado, mas com preços em queda, ficando abaixo do custo de produção para os agricultores.
As colheitas de cana-de-açúcar e mandioca seguem dentro da normalidade.
No caso da soja, a alta umidade tem dificultado o controle da resteva em função do vazio sanitário. Os pacotes de insumos para a próxima safra já foram definidos em algumas regiões, mas as vendas antecipadas seguem baixas, com cerca de 5% comercializados, reflexo da pouca atratividade dos preços futuros.
Na fruticultura, a colheita do caqui está em fase de encerramento no Sul do estado, com frutas de bom porte e qualidade. Outras culturas, como limão, laranja, banana, goiaba e uva, também estão em fase de colheita. O plantio de morango segue intenso.
As pastagens apresentaram bom desenvolvimento nas últimas semanas, favorecidas pelas condições climáticas. As chuvas também contribuíram para a recuperação dos mananciais de abastecimento público, que vinham com níveis abaixo da média nos meses anteriores.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura