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A primeira semana de julho foi marcada por geadas e excesso de umidade no Paraná, trazendo impactos significativos para diversas lavouras e atividades agrícolas no estado. É o que aponta o boletim semanal do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura, referente ao período de 1º a 7 de julho de 2025.
A colheita do café avançou com a melhora no clima, mas ainda está abaixo do ritmo ideal. Apesar da volta do tempo firme favorecer a qualidade da bebida, grãos verdes atingidos pelas geadas registraram perda de qualidade. Também há preocupação com danos nos ponteiros e capotes, que devem afetar a próxima safra. A comercialização segue lenta, em meio à desvalorização dos preços.
No caso do milho 2ª safra, a colheita chegou a 29%, mas o excesso de umidade ainda limita os trabalhos. As lavouras semeadas fora da janela ideal sofreram perdas com as geadas e parte da produção será destinada à silagem. Os prejuízos estão sendo avaliados e poderão se agravar devido ao atraso na colheita e à baixa qualidade dos grãos.
Entre as hortaliças, os danos foram severos: cultivos a céu aberto foram atingidos pelas geadas e pelo excesso de umidade, especialmente nas regiões de baixada. Houve perdas que exigem replantio e já se prevê uma redução na oferta. Culturas como batata, cará e inhame também foram prejudicadas pelas chuvas.
A aveia e a cevada continuam enfrentando dificuldades no plantio devido ao solo encharcado. No entanto, as lavouras já implantadas apresentam bom perfilhamento. No trigo, cujo plantio está quase concluído (96%), há relatos de lavouras em florescimento atingidas por geadas, principalmente aquelas fora do período indicado pelo zoneamento agrícola.
A colheita do feijão 2ª safra está praticamente encerrada (99%), mas a produtividade ficou abaixo do esperado e há registros de perda total em algumas áreas devido ao excesso de chuvas na reta final. A qualidade dos grãos foi afetada, e os preços continuam desanimadores.
A mandioca apresenta bom ritmo de colheita e início do plantio das manivas, que estão no ponto ideal de maturação. Contudo, há receio quanto à oferta de ramas devido aos efeitos das geadas. Já a cana-de-açúcar e o café seguem com colheita ativa, favorecida pelo tempo mais seco, embora com perdas pontuais por frio e chuvas.
Nas pastagens, o frio causou redução na massa verde, exigindo maior uso de silagem e elevando os custos da alimentação animal, o que pode impactar a pecuária leiteira e de corte.
A produção de frutas, como o morango e a goiaba, também foi atingida, com intensidade variando conforme o tipo de cultivo e a proteção utilizada. Já nos reflorestamentos de pinus e eucalipto, a alta umidade do solo prejudicou os trabalhos de corte.
Por fim, o boletim destaca o clima desfavorável e os estoques elevados como fatores que vêm desmotivando o plantio da próxima safra de soja no Paraná.
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