Pesquisa cria biossensor para detectar cobre em cafeeiro
Biossensor baseado em um peptídeo representa um avanço na detecção de íons de cobre presentes na planta do café
Portugal está situado no sudoeste da Europa, tem uma área total de cerca de 92.300 km² e é delimitado ao norte e leste pela Espanha e ao sul e oeste pelo oceano Atlântico. O peso do país na citricultura mundial não é grande, devido à pequena área de cultivo, com cerca de 20 mil hectares, e produção média de 300 mil toneladas de laranja por ano. No entanto, Portugal se destaca quando o assunto é a citricultura da Europa. Historiadores relatam que foram os portugueses que introduziram a laranjeira doce no continente, trazendo-a da China no século XVI, e que também foram seus navegadores que levaram as principais variedades para a Europa. De acordo com o pesquisador e professor da Universidade do Algarve Amílcar Duarte, que esteve no Fundecitrus, em fevereiro, a produção de citros está distribuída por todo o país, sendo a principal região produtora a do Algarve, no sul do país. O clima seco, com média de 200 a 300 milímetros de chuva durante todo o ano, dificulta o cultivo de citros e traz a necessidade do uso de irrigação. “Podemos dizer que a citricultura de Portugal é 100% irrigada”, diz Duarte.
A produção de laranja representa cerca de 80% da citricultura, seguida pelas tangerinas com 12%, o restante é de outras variedades. “As laranjas são produzidas durante todo o ano, mas em alguns períodos encontra-se apenas a variedade umbigo”, diz o pesquisador. Segundo Duarte, fazer parte da CITRICULTURA PELO MUNDO União Europeia abre as portas do mercado tanto para exportação como para a importação. “Há um grande fluxo de entrada e de saída de frutos. Um dos países de que importamos é a Espanha e exportamos para França, Alemanha, entre outros”.
O custo de produção é alto, inflacionado pela necessidade de irrigação e a falta de mão de obra. Essa questão torna-se ainda mais impactante devido ao tamanho das propriedades. “Um citricultor que tem 100 hectares já é considerado muito grande, mas há, no máximo, dez nesse patamar. Uma fazenda que tem mais de 40 ha é grande, entre 10 e 40 ha é média e com menos de 10 ha é pequena”, afirma. Em relação à sanidade dos pomares, Duarte afirma que os portugueses são sortudos, pois não são afetados por Portugal tem 20 mil hectares de citros e foi o responsável pelo início do cultivo da cultura no continente no século XVI grande quantidade de pragas e doenças.
O principal problema fitossanitário é a mosca das frutas do tipo mediterrâneo (Ceratitis capitata) que causa apodrecimento, queda de frutos e afeta a coloração. Também são afetados por cochonilhas e ácaros, mas estão livres de HLB (huanglongbing ou greening), a pior doença da citricultura mundial. “O HLB não está presente, mas estamos sempre em alerta para evitar sua chegada nos pomares, portanto já começamos a adotar medidas de manejo e os cientistas também estão atentos”, diz. No momento, os portugueses preocupam-se com o aumento da qualidade dos frutos devido às exigências dos consumidores. "Há um esforço dos citricultores e dos pesquisadores em melhorar cada vez mais a qualidade tanto do sabor dos frutos quanto a externa”.
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