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A cultura do trigo tem projeções de uma redução de área na safra 2015 no RS, mas terá a possibilidade de comemorar produção de 36,52% superior em relação ao ano passado. As estimativas são do informativo Conjuntural, divulgado pela Emater. Há semanas, o mercado dá sinais de pouca movimentação na procura por insumos, como sementes e adubos, indicando que a área a ser plantada deverá ser menor. Vários fatores contribuem para este cenário, informam os técnicos da Emater, como preços em baixa para o grão (-23,5% em relação ao ano passado), custos de produção (cerca de 15% mais altos do que no ciclo anterior) e incerteza climática, entre outros.
Realizada durante a segunda quinzena de abril, a pesquisa sobre a intenção de plantio para 2015 junto aos 247 principais municípios produtores de trigo, que cobrem 83% da área prevista, indica que a área deverá encolher 19,88% em relação ao ano passado, quando foram cultivados 1,180 milhão de hectares, segundo o IBGE. Se confirmados os números projetados pela pesquisa da Emater, a área de cultivo será de 950 mil hectares.
Importantes municípios produtores, como alguns localizados na região administrativa da Emater de Frederico Westphalen, por exemplo, registram percentuais expressivos de redução, ultrapassando os 25%. A região de Bagé, que compreende a Campanha e a Fronteira Oeste, é a única que indica crescimento de área para este ano (10,73%). O aumento pode ser explicado pelo forte avanço da soja nos últimos anos, o que induz à utilização do trigo na rotação de culturas com a oleaginosa.
Se considerado o comportamento do trigo em termos de rendimentos obtidos nos últimos anos, a produtividade média deve ficar em torno de 2,4 mil kg/ha, o que leva a Emater a projetar produção total de 2,280 milhões de toneladas para o RS, caso as condições meteorológicas sejam favoráveis. Esta produção seria 36,52% maior que a do ano passado, quando foi colhido 1,670 milhão de toneladas de péssima qualidade, justamente pelo clima desfavorável durante a fase reprodutiva e de formação de grão. No entanto, esta é uma primeira aproximação, que ainda deve ser confirmada a partir da próxima quinzena, quando a Emater inicia o acompanhamento quinzenal sobre as condições das lavouras, que segue até dezembro, mês de encerramento da colheita.
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