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A Embrapa Soja promove neste dia 7 de maio, das 11 h às 12 h, o webinar sobre "Plantas daninhas resistentes: situação atual e manejo", a ser ministrado pelo pesquisador Fernando Adegas. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pela plataforma Sympla. O pesquisador irá fazer uma apresentação sobre o tema e depois irá responder aos questionamentos que poderão ser feitos via chat.
O Brasil conta hoje com dez plantas daninhas resistentes ao glifosato - Amaranthus palmeri, Amaranthus hibrydus, Chloris elata, Conyza bonariensis, Conyza canadensis, Conyza sumatrensis, Digitaria insularis, Eleusine indica, Euphorbia heterophylla e Lolium multiflorum.
Há alguns métodos para minimizar a questão da resistência em plantas daninhas. Entre eles está o preventivo, como a aquisição de sementes livres de infestantes; a limpeza de máquinas e equipamentos, especialmente as colheitadeiras e a manutenção de beiras de estrada, carreadores e terraços livres de infestantes. Outro seria o método mecânico, como as capinas e roçadas. No caso do método químico, Adegas lembra que a principal prática é a utilização de herbicidas de diferentes mecanismos de ação, em sistemas de controle distintos.
Há ainda os métodos culturais que podem ser grandes aliados dos produtores. “É muito importante fazer a diversificação de produtos, com grupos de herbicidas de diferentes mecanismos de ação e adotar a rotação de culturas", enfatiza o cientista. "Também é preciso ficar atento às plantas daninhas remanescentes após o controle químico para que o produtor identifique se houve falha no controle ou se pode estar havendo resistência do 'leiteiro' na sua lavoura”, destaca.
Para se ter uma ideia, os custos de produção em lavouras de soja com plantas daninhas resistentes ao glifosato podem subir de 42% a 222%, em função dos gastos com herbicidas e também por causa da perda de produtividade da soja. Adegas calcula que o custo médio, em reais, no Brasil, para o controle de plantas daninhas é de R$120,00 por hectare. Os valores aumentam, em média, entre 42% e 48%, para as infestações isoladas de buva e de azevém, respectivamente, e até 165%, se houver capim-amargoso resistente. Em infestações mistas de espécies daninhas resistentes ao glifosato, o aumento nos custos de controle é maior. Em áreas com infestação de buva e de capim-amargoso, o custo de controle pode chegar a R$ 386,00 por hectare, ou seja, aumento de 222% no custo de produção. Por isso, o pesquisador defende uma ampla discussão sobre a questão da resistência no Brasil. “Além do impacto econômico que já é sentido, o produtor precisa tomar medidas para minimizar ou conviver com essa resistência", conclui.
Data: 07 de maio
Horário: 11horas às 12horas
Inscrições na plataforma Sympla.
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