Plano Safra atende pedidos da agricultura paranaense

O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, avaliou positivamente o Plano Agrícola e Agropecuário 2013/14 (Plano Safra), anunciado na última terça-feira (04), pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As reivindicações feitas pelas frentes agropecuárias e agrícolas do Paraná foram atendidas e a expectativa é que o Estado mantenha o nível de produção dos últimos três anos, acima de 30 milhões de toneladas de grãos.

Serão liberados R$ 136 bilhões, R$ 97,6 bilhões para custeio e comercialização e R$ 38,4 bilhões para programas de investimento. “Os valores e divisões atendem, em geral, às expectativas do Paraná para a nova safra. Em destaque fica a taxa de juros, que mantém a média de 5% ao ano, mas em algumas modalidades, como o incentivo à armazenagem, chega a cair para 3,5% ao ano, o que vai estimular os investimentos nessa área no Estado”, prevê Ortigara.

Será mantido o Programa de Sustentação de Investimento, que possibilita o financiamento de máquinas e equipamentos agrícolas. Serão investidos R$ 6 bilhões para aquisição de maquinário, sendo R$ 400 milhões para a agricultura irrigada. “Esta foi uma das reivindicações do Paraná junto ao Ministério da Agricultura. É um programa temporário que tem grande demanda por parte dos produtores e a sua manutenção abre a perspectiva que este possa se tornar um investimento fixo”, acredita o secretário.

– Outro investimento que atende às expectativas paranaenses é em relação ao Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), que receberá recursos no valor de R$ 13,2 bilhões para custeio, comercialização e investimento, valor 18,4% superior ao previsto. O coordenador do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura, Francisco Simioni, explicou que o programa é importante para a agricultura do Estado, porque o médio produtor tem grande participação na produção de alimentos.

O Seguro Rural ampliou o investimento em 75%, passando de R$ 400 milhões para R$ 700 milhões. “Este é um investimento que atende plenamente a proposta que fizemos. Será possível a subvenção de 60% do custo da importância segurada pelos produtores, o que os incentiva a manter a produção sem risco de perdê-la por eventuais mudanças climáticas e assim abandonar a prática rural”, avalia Ortigara.

As reivindicações foram feitas pela Secretaria, em conjunto com a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Associação Paranaense de Empresas de Assistência Técnica e cooperativas. “Alguns pontos não foram atendidos em plenitude, mas em linhas gerais podemos analisar que o Plano Safra satisfaz as necessidades da agropecuária paranaense”, analisa Ortigara