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As novidades nas pesquisas com as culturas da mandioca e da batata-doce serão apresentadas, de 10 a 12 de agosto, em Pelotas, na 10ª Reunião Técnica da Mandioca, 2ª Reunião Técnica da Batata-Doce e 3ª Reunião Técnica de Agroenergia que acontecem em Pelotas. Os eventos serão simultâneos ao Simpósio Estadual de Agroenergia.
O debate atual sobre o desenvolvimento sustentável, a busca por fontes renováveis de energia e por alternativas à cultura do tabaco, colocou a mandiocultura novamente em evidência, como potencial ocupante de parte desse espaço. O Rio Grande do Sul apresenta vocação para as pequenas propriedades agrícolas familiares, nas quais a mandioca sempre foi uma cultura de importância, servindo para alimentação humana e animal.
A mandioca e a batata-doce ocupam no Estado uma área aproximada de 120 mil hectares. O trabalho envolve 30 mil famílias, 70 agroindústrias e mais de mil e quinhentas pessoas. Essas culturas têm uma produtividade média de 15 toneladas de raízes 70 a 50% aproveitáveis. Segundo o pesquisador da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), Zeferino Chielle, todo o produto poderia ser aproveitado com um agroprocesso adequado. A parte aérea, com produtividade de 15 a 20 toneladas por hectares, tem uma perda em torno de 95%.
O aproveitamento integral da planta necessita de agroprocesso mais desenvolvido desde o plantio, manejo dos cultivos, colheitas e processamento para termos produtos disponíveis o ano todo. O ideal, segundo o especialista, seria termos 50% da produção e 90% da parte aérea disponíveis para consumo e assim deixaremos de perder por falta de agroprocesso. Outra alternativa para o aumento da rentabilidade seria o uso de cultivos tecnicamente mais corretos, não necessitando de aumento de área plantada, mas de plantios e cultivos melhores aproveitados. O pesquisador lembra a importância de produções de qualidade e ecologicamente corretas.
Participam dos eventos cientistas, produtores, empresários, professores, estudantes com o objetivo de discutir os aspectos tecnológicos, industriais, mercadológicos e políticos relacionados ao desenvolvimento de espécies agrícolas alternativas para a cadeia de biocombustíveis. As instituições promotoras dos eventos são Fepagro, Emater/RS-AScar, Embrapa Clima Temperado e Afubra.
Mais informações:
Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária
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