Pesquisadores usam simulador de chuva em estudo sobre solo

Um subprojeto dentro da Rede AgroParaná tem utilizado um simulador de chuva para obter indicadores relacionados à erosão. O equipamento abrange 12 pequenas parcelas nas quais há diferentes sistemas de cultivo

04.04.2022 | 14:51 (UTC -3)
Sistema FAEP/SENAR-PR
Objetivo é submeter as áreas às mesmas condições de “chuva” para, assim, dimensionar as diferenças dos efeitos erosivos em cada modalidade de se trabalhar com a terra. - Foto: Divulgação
Objetivo é submeter as áreas às mesmas condições de “chuva” para, assim, dimensionar as diferenças dos efeitos erosivos em cada modalidade de se trabalhar com a terra. - Foto: Divulgação

Um subprojeto dentro da Rede de AgroPesquisa e Formação Aplicada Paraná (Rede AgroParaná) tem utilizado um simulador de chuva para obter indicadores relacionados à erosão. O equipamento abrange 12 pequenas parcelas nas quais há diferentes sistemas de cultivo. O objetivo é submeter as áreas às mesmas condições de “chuva” para, assim, dimensionar as diferenças dos efeitos erosivos em cada modalidade de se trabalhar com a terra. O estudo é realizado em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, nas dependências da Fazenda-Escola da Universidade Esta- dual de Ponta Grossa (UEPG).

A instalação das parcelas para estudo ocorreu em dezembro de 2019, com a plantação dos primeiros cultivos do experimento em 2020. Os locais delimitados são constituídos por diferentes manejos em Sistema de Plantio Direto (SPD) e um tratamento adicional, com o solo totalmente descoberto, sem cultivo e preparado com arado e grade duas vezes ao ano; plantio direto com rotação de culturas com cultivo alternado de milho e soja no verão e de trigo e aveia ou consórcio de plantas de cobertura no inverno; plantio direto com sucessão de culturas na sequência soja/trigo; e plantio direto com sucessão de culturas na sequência soja/trigo com escarificação esporádica do solo.

Segundo o pesquisador Eduardo Augusto Agnellos Barbosa, do Departamento de Ciências do Solo e Engenharia Agrícola da UEPG, a chuva simulada possibilita aplicar um controle de quantidade e intensidade d’água. “A principal vantagem é ter o controle tanto da taxa de intensidade de precipitação em diferentes níveis de cobertura vegetal de solo. Todas as parcelas recebem a mesma quantidade d’água. Conseguimos assim determinar a capacidade de infiltração do solo e outros índices importantes”, explica.

O simulador de chuva tem 10 “braços” rotativos, cada um com 7,5 metros de comprimento. Com um total de 30 bicos pelos quais saem a água, os canos são distribuídos de forma helicoidal formando o que os pesquisadores chamam de “espiral concêntrica”. Graças a um conjunto de quatro rodas, o equipamento pode circular pelas parcelas e distribuir as chuvas simuladas de forma igualitária.

Além disso, a água converge em uma calha, para que o escoamento possa ser coletada e seja possível conferir a concentração de sedimentos e perdas de nutrientes. “Nós temos resultados preliminares. Inclusive, já até publicamos três resumos, um deles na reunião paranaense do solo. Mas ainda são resultados incipientes. Esse tipo de estudo requer um tempo para gerar dados e análises. Como estamos trabalhando com manejo do solo, essas áreas vão sofrer alterações ao longo do tempo”, salienta Barbosa.

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