Pesquisadores encontram ferrugem-asiática no RS e em SC em setembro de 2023

Urédias de ferrugem-asiática (causada por Phakopsora pachyrhizi) foram identificadas em soja voluntária em análises no laboratório de fitopatologia da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Erechim. A informação é da professora Paola Mendes Milanesi (esq. na foto).

Conforme sua avaliação, "o cenário é preocupante, visto que a semeadura da soja ainda nem começou no Alto Uruguai Gaúcho. E já há presença da doença. Isso indica que nesta safra a ferrugem asiática será uma doença bastante evidente nas lavouras de soja e requer atenção".

Considerando esse cenário, a pesquisadora Alana Tomen (dir. na foto), da Proteplan, alerta para a situação em Mato Grosso. "O período entre a última chuva da safra 22/23 e as chuvas de manga em MT foi, pelo menos, 50 dias menor do que nos quatro anos anteriores", explica. Isso gera boas condições para a "ponte verde". Conforme Alana, "é melhor prevenir, fazer uma boa dessecação, antecipar a primeira aplicação de fungicidas".

Isso implica em "incluir ingredientes ativos eficientes para esse alvo no programa, adicionar fungicidas multissítios em todas as aplicações e monitorar os talhões com muita atenção", explica. Uma vez detectada a doença, acrescenta a pesquisadora, "inserir morfolina é uma boa estratégia de manejo curativo".

Até o momento, foram relatados casos de ferrugem asiática nos municípios de Erechim, Mato Castelhano, Não-Me-Toque, São Sepé e Tupanciretã (todos no RS); e em Campos Novos (em Santa Catarina).

Os resultados dos últimos ensaios de pesquisa com fungicidas para o controle de ferrugem-asiátia (fungo Phakopsora pachyrhizi) podem ser vistos aqui: "Eficácia de fungicidas: veja os números dos experimentos de 2022/23".