Tecnoshow Comigo dribla desafios e supera expectativas
A primeira mulher a se tornar diretora da uma Estação Experimental do Instituto Nacional de Investigación Agropecuaria, a Estación Experimental INIA Las Brujas, Aelita Moreira, em visita à Embrapa Meio Ambiente, falou sobre o Sistema Evaluación de Impacto Ambiental de Actividades Rurales - EIAR e da experiência uruguaia no Projeto Producción Responsable do Ministerio de Ganadería Agricultura y Pesca do Uruguai.
O Projeto Producción Responsable, desenvolvido desde 2006 pelo Ministerio de Ganaderia, Agricultura y Pesca, a diretora explica, disponibilizou 40 milhões de doláres financiados pelo Banco Mundial e pelo Fondo Mundial para el Medio Ambiente, para subsidiar os produtores familiares de qualquer tipo, hortícolas, frutícolas ou pecuaristas para que preservem os recursos naturais e a biodiversidade.
O Uruguai elaborou um modelo de avaliação de impactos ambientais baseado no APOIA-NovoRural - Avaliação Ponderada de Impacto Ambiental de Atividades do Novo Rural, desenvolvido pelos pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente Geraldo Stachetti Rodrigues e Clayton Campanhola em 2003. “Com esse modelo, monitoramos 12 estabelecimentos agrícolas de várias partes do país, sendo cinco de gado de corte, cinco leiteiros, um hortícola e um agrícola/gado de corte. O modelo deu resultados parecidos para os diferentes sistemas produtivos e para os distintos locais do país”, diz a diretora.
Conforme a diretora, “o sistema indica a necessidade de que o Uruguai invista na melhora dos habitats nativos, além dos ecossistemas”. Outro ponto com oportunidade de melhoria é o uso de insumos agrícolas, que devem incorporar boas práticas para um manejado mais adequado.
O que Aelita considera importante é a necessidade de se monitorar a contaminação das águas. Os problemas mais sérios estão nas propriedades produtoras de leite, principalmente nos “tambos”, que são os currais. Os agricultores, sobretudo os pequenos, produzem muitos resíduos quando lavam esses locais, que vão diretamente para os rios.
“Na primeira avaliação, os mil primeiros produtores que entraram no projeto demostraram que falta água para a produção de gado de corte e de pasto - carga animal e forragem suficiente por todo o ano. Estes pontos servirão para se definir as linhas de ação do Ministério para os próximos anos”, explica a diretora.
Cristina Tordin
Embrapa Meio Ambiente
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