Escassez hídrica afeta estudo sobre solos no Norte do Paraná
Situação é enfrentada por pesquisadores da Rede de AgroPesquisa e Formação Aplicada Paraná (Rede AgroParaná), que estudam a erosão em seis mesorregiões do Estado
Pela primeira vez desde que foi criada em 1966, a Sociedade Brasileira de Fitopatologia (SBF) vai ser presidida por uma equipe majoritariamente feminina. Além da presidente Juliana de Freitas-Astúa, pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura, compõem a diretoria para o período 2021-2025: vice-presidente Rosana Blawid (Universidade Federal Rural de Pernambuco), tesoureira Thaís Santiago (Universidade de Brasília), diretor-administrativo Alexandre Mello (Embrapa Hortaliças, DF) e secretária Maria Balbi (Universidade Estadual de Londrina), que foi convidada a permanecer no cargo.
“A composição da diretoria da SBF não se deu em função do gênero, mas da afinidade entre pessoas que tinham uma visão similar para a nossa Sociedade. Sei que o elevado número de mulheres acabou chamando a atenção, mas espero que esteja próximo o dia em que mulheres e homens estejam igualmente representados na liderança de sociedades científicas, universidades, empresas públicas e privadas, sem que isso seja motivo de menção. Quando esse dia chegar, estarei feliz. Mas, por enquanto, ainda é necessário falar a respeito, é importante que se divulgue”, salienta.
Juliana pretende seguir na linha de trabalho da gestão anterior, presidida por Eduardo Mizubuti, professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV). “A diretoria anterior conseguiu atrair estudantes, jovens pesquisadores e pessoas que estavam um pouco afastadas da SBF. O site ficou bem mais atraente e informativo e a divulgação da Sociedade foi ampliada nas redes sociais. Nossa ideia para que a SBF continue cada vez mais relevante para a comunidade científica e a população em geral é a de fortalecer comissões e grupos de trabalho, promover e apoiar atividades como workshops e webinars, que têm sido importantes na pandemia e vieram para ficar, e nos aproximar do setor produtivo, agências reguladoras, formuladores de políticas públicas e de sociedades científicas nacionais e internacionais, não só de fitopatologia, mas também de áreas correlatas”, explica.
A SBF está sediada em Brasília e é a responsável por publicar a conceituada revista Tropical Plant Pathology (TPP) e a Revisão Anual de Patologia de Plantas (RAPP) e realiza, cada dois anos, o Congresso Brasileiro de Fitopatologia (CBF), juntamente com a comissão local do evento.
Juliana Astúa possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade de São Paulo (USP), mestrado em Fitopatologia pela USP, doutorado em Fitovirologia pela Universidade da Flórida e pós-doutorado pela USP. É pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura desde 2002, atuando em colaboração com a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). É a responsável pelo campo avançado da Embrapa Mandioca e Fruticultura na capital paulista.
Foi presidente da International Organization of Citrus Virologists (IOCV) no período de 2013 a 2016, e desde então, faz parte do conselho desta organização. É copresidente do grupo de estudos sobre a família Rhabdoviridae do Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus (ICTV) e membro do painel internacional para elaboração de protocolos para o diagnóstico da leprose dos citros para a Convenção Internacional de Proteção Vegetal (IPPC/FAO). Desde 2018 é professora visitante da Southwest University (Chongqing, China).
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