Senado aprova instituição de política nacional de ILPF
O pesquisador da Embrapa Algodão Paulo Augusto Vianna Barroso participou, em Melbourne, Austrália, da 4ª Conferência Internacional sobre coexistência entre organismos modificados e não-modificados geneticamente para cadeias de agricultura alimentar.
O evento teve a duração de quatro dias, de 08 a 12 de novembro, e contou com a participação de 210 pessoas, incluindo pesquisadores, representantes de órgãos reguladores e da indústria. “Estavam representados cerca de 25 países dos cinco continentes e ficou evidente que é preciso investir mais na divulgação do que é a coexistência e os procedimentos que devem ser adotados para que ela seja possível”, diz Barroso em seu relatório de viagem.
Barroso acrescenta que a premissa básica do evento foi que a coexistência não tem qualquer relação com a segurança alimentar ou para o meio ambiente de vegetais geneticamente modificados. “Na verdade, a coexistência se trata de uma discussão de cunho econômico, cuja principal função é estabelecer procedimentos que garantam a segregação em cadeias de modo que o nível de presença adventícia de OGM em produtos convencionais não ultrapasse limites estabelecidos pela legislação de diferentes países”, comenta. “O que se pretende com a discussão sobre a coexistência é garantir a opção de produtores e consumidores em usar vegetais geneticamente modificados ou não”, diz.
Ele acredita que, mesmo entre as pessoas que trabalham com essa questão, há bastante desinformação, desde membros de órgãos reguladores, passando por agricultores interessados, até os consumidores. “É importante realizar diagnóstico sobre padrões de contaminação em toda a cadeia em que os vegetais geneticamente modificados (VGM's) já fazem parte ou farão parte, no curto prazo, caso de milho, soja e algodão”, comenta Paulo. O pesquisador afirma que, a partir do diagnóstico, será possível estabelecer com muita clareza medidas que possam reduzir a contaminação e determinar níveis de contaminação aceitáveis em cada etapa da cadeia.
Segundo Paulo Barroso, as questões mais urgentes seriam: realizar ações didáticas para explicar o que é a coexistência; executar ações de pesquisa para realizar diagnóstico sobre a coexistência visando subsidiar a implementação ou revisão de normas que visem a coexistência ou a ela estejam relacionadas; desenvolver métodos de detecção rápida. O pesquisador também recomenda que se deva incentivar a adoção de processos que garantam a rastreabilidade e a segregação entre as diferentes cadeias produtivas (orgânica, agroecológica, convencional não rotulado e geneticamente modificada).
Dalmo Oliveira
Embrapa
(083) 3182.4361 /
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