Iapar abre concurso público
O pesquisador Luiz Alberto Colnago, pós-doctor em Bioquímica pela Universidade da Pensilvânia (EUA) é o único brasileiro a integrar o grupo de 40 cientistas em missão patrocinada pelo Meridian Institute à África.
A missão tem a proposta de realizar um diagnóstico das necessidades na região subsaariana do país e posteriormente tentar introduzir inovações para as cadeias produtivas agrícolas da África, entre elas, a do milho, mandioca e a do leite, que possam melhorar a qualidade de vida da população, principalmente na fase da pós-colheita.
Colnago foi indicado pela diretoria da Embrapa e pela chefia geral da Embrapa Instrumentação Agropecuária, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para compor um dos três grupos que vão conhecer in loco a realidade do Quênia, país da África Oriental e Gana, África Ocidental. O pesquisador considera a missão “uma oportunidade para levar tecnologias tropicais e ajudar outros povos, como os africanos”. O Meridian Institute está levando na missão programada para o período de 15 a 25 de agosto um grupo de cientistas da própria instituição, um de parceiros com especialidades em vários temas, como meio ambiente, e um terceiro, que embora sejam cientistas renomados em suas áreas de pesquisas, não são experts nos assuntos focos da viagem.
A proposta da missão foi apresentada pelo Meridian Institute à Fundação Bill e Melinda Gates que está financiando o projeto para identificar os principais estrangulamentos e ineficiências nas três cadeias, visando à aplicação de idéias de áreas emergentes da ciência e da tecnologia para estimular inovações agrícolas no continente Africano. De acordo com o Meridian Institute, o projeto vai procurar oportunidades para desenvolver tecnologias que completem e apoiem outros esforços para melhorar a cadeia produtiva na África e que sejam tecnicamente e economicamente viáveis no mercado. Pelo menos quatro resultados são esperados pelo instituto com o projeto. O primeiro deles é um conjunto de novas idéias para aplicações de tecnologias com potencial para reduzir ineficiências na cadeia produtiva; o segundo é a elaboração de um plano de negócios para até quatro produtos que utilizam tecnologia de ponta e que são altamente promissoras para os seus potenciais impactos sobre o aumento de renda de agricultores pobres. O terceiro resultado esperado é um relatório que traz ensinamentos sobre as tecnologias introduzidas anteriormente, com os sucessos e fracassos para resolver os constrangimentos da cadeia produtiva. E o último, levantar evidências a favor ou contra o modelo proposto de unir cientistas de vanguarda com a cadeia produtiva africana de peritos, a fim de levar o conhecimento a partir de campos tradicionalmente independentes de competências para dar suporte à agricultura da África.
Ao final do projeto, os investidores públicos e privados vão poder escolher a partir de um novo conjunto de oportunidades viáveis produto que pode ter o maior impacto no aumento sustentado do rendimento aos agricultores pobres na África Sub-Sahariana.
De acordo com Colnago o projeto deverá ser apresentado, em maio de 2010, à Fundação Bill e Melinda Gates. O pesquisador aproveita a viagem para visitar o escritório da Embrapa África, em funcionamento desde 2006 com o objetivo de coordenar e monitorar as atividades e projetos de cooperação com os países do continente africano, interagir com governos e entidades locais para determinar prioridades e necessidades específicas e articular com a Embrapa Sede e seus centros de pesquisa o planejamento e a implementação de projetos e atividades de assistência técnica.
Joana Silva
Embrapa Instrumentação Agropecuária
(16) 21072901 /
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura